José Luís Cristo

Estavas tu, Zé Luís, posto em sossego
Do teu bigode vendo o crescimento...
O olhar convergente qual morcego,
Dava-te à face um ar de sofrimento...

                 Tu que julgavas que a constipação
                 Daria ao pelo o adubo necessário,
                 Lastimavas que o lenço, o esfregão,
                 limpasse o excremento, qual operário

Que de enxada, fizesse uma cultura
Necessária ao bigode a despontar...
Quão lastimável é - Oh criatura! -

                 Que p' ra ter um bigode tão mesquinho
                 Dia a dia preciso seja esperar
                 Que o cabelo te nasça no focinho...
 

                                                                    Carnaval

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