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Estavas tu, Zé Luís,
posto em sossego
Do teu bigode vendo o crescimento...
O olhar convergente qual morcego,
Dava-te à face um ar de sofrimento...
Tu que julgavas que a constipação
Daria ao pelo o adubo necessário,
Lastimavas que o lenço, o esfregão,
limpasse o excremento, qual operário
Que de enxada, fizesse uma cultura
Necessária ao bigode a despontar...
Quão lastimável é - Oh criatura! -
Que p' ra ter um bigode tão mesquinho
Dia a dia preciso seja esperar
Que o cabelo te nasça no focinho...
Carnaval |
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