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D.
Ermelinda � padeira hoje em Xangongo Ro�adas. Tem 56 anos e � natural do
Quipungo. Teimosa, em 2006 ainda se mant�m no Cunene.
Entretanto, pelo meio, perdeu o marido e dois filhos na guerra. Desde a
independ�ncia, segundo ela, viu passar o Holden, Agostinho Neto,
Cubanos, Sul Africanos, (Maus! segundo ela) que at� a prenderam pensando
que era cubana e entregando-a � UNITA, que a soltou perto da Matala ao
fim de uma semana, em 1987.
Agora, em 2006, abana a cabe�a incr�dula e sorridente aos chineses (s�
em Angola!), que reparam a estrada desde Ondjiva / Xangongo, quando v�m
comprar o p�o para o acampamento deles, situado no mato � volta do Humbe.
�Como � possivel -- diz ela, n�o percebendo que asi�ticos n�o s�o brancos
-- que sendo brancos vivam no mato e em tendas? Nem gentios mundimbas
aceitam! E com tantas casas abandonadas que h� por aqui, meu filho!�
Jorge da Cruz, Angola
2006 |