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1 -
Capa da publicação - Não esquecer, durante a leitura dos
registos biográficos, que os textos foram
escritos na década de 1920. |
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2 -
Publicidade a uma joalharia. |
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3 -
Publicidade a automóveis movidos por hélice. |
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5 -
Amélia Rey Colaço -
(ACTRIZ) - Filha do grande artista Alexandre Rey Colaço, nasceu
em Lisboa, em 2 de Março de 1900. Impelida para o teatro por uma
vocação irresistível, representou com amadores, sendo a sua
educação artística dramática, mesmo antes da entrada para o
teatro profissional, dirigida pelo grande mestre Augusto Rosa.
Estreou-se então no Teatro República (hoje S. Luís) em 17 de
Novembro de 1917 com enorme êxito, na peça Marianela. A
seguir representou muitas peças com sucesso, tanto naquele
teatro como no Nacional, Ginásio e ultimamente no Politeama,
onde é empresária com seu marido o actor Robles Monteiro. Se não
fora o termos dado a estas notas um aspecto ligeiro, diríamos
que é uma das melhores e raras esperanças do Teatro português,
hoje quase definitivamente consagrada. |
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6 -
André Brun
– (COMEDIÓGRAFO) – Nasceu em Lisboa em 9 de Maio de 1881. § É
um escritor humorista, um dos mais interessantes no seu género,
jornalista e cronista muito editado. Estreou-se em 1901 no
Teatro da Rua dos Condes de Lisboa, na peça Tabelião do Pote
das Almas, de colaboração com Carlos Simões, com quem também
escreveu a Lenda das Tarlatanas. A sua primeira peça foi
representada por uma companhia dirigida por Carlos Borges, de
que faziam parte Vale e Joaquim de Almeida. A sua obra-prima é
incontestavelmente A Vizinha do Lado. Resumindo: 18 anos
de actividade teatral; 53 peças, sendo12 em colaboração, num
total de 121 actos; 31 originais, 12 adaptações e 10 traduções.
§ O seu último original A Vida dum Rapaz Gordo. |
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7 -
Arnaldo Leite e
Carvalho Barbosa – (COMEDIÓGRAFOS) – São dos humoristas mais
interessantes do nosso país. §
Portuenses de gema; têm colaborado
sempre em conjunto. A primeira peça que escreveram foi Contas
do Porto, revista em 3 actos com música dos maestros Manuel
Benjamin e Esteves Graça. Representada pela 1.ª vez no Teatro
Carlos Alberto, Porto, em 19 de Dezembro de 1908.
§
Possuem uma
grande bagagem de revistas e comédias representadas em Lisboa e
Porto. Uma das suas últimas comédias de grande êxito foi
Cama, Mesa e Roupa Lavada. São directores do jornal
humorístico Cócó-ró-có. |
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8 -
Augusto Rosa -
(ACTOR) - Em 1852, a 6 de Fevereiro, nasceu em
Lisboa este grande artista. Debutou no Teatro Baquet, do Porto,
sob a direcção de seu pai, o actor João Anastácio Rosa, em 31 de
Janeiro de 1872, na comédia O Morgado
de Fafe em Lisboa.
Nesse mesmo ano a na mesma peça a 5 de Dezembro estreou-se no
Ginásio de Lisboa.
§
Depois
passou ao Trindade e mais tarde foi para o D. Maria com a
célebre Companhia Rosas e Brazão, de saudosa memória. E ali fez
um largo reportório em que demonstrou qualidades de grande actor
e de director artístico, que mais tarde, no D. Amélia, se
manifestaram também, num reportório moderno admirável, como
sejam as criações de ensaiador no Sansão, Ladrão, O outro eu
e tantas, tantas verdadeiras maravilhas de arte pura.
§
Faleceu em 2 de Maio de 1918. Era irmão do maior
actor dos nossos tempos: João Rosa. |
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9 -
Chaby
Pinheiro – (ACTOR) – Depois de ter sido um amador distintíssimo,
estreou-se no Teatro D. Maria II com a Empresa Rosas e Brazão,
numa peça em um acto O Tio Milhões, desempenhando o papel
de Augusto Litzman, há 28 anos.
§ Depois disso, e apesar de muitos
dizerem que o seu físico não poderia vencer as possibilidades
cénicas, o valor real do artista e diseur conseguiu
impô-lo e elevá-lo à categoria dos primeiros actores
portugueses.
§ Ultimamente fez uma viagem pelo estrangeiro,
devendo reaparecer em breve, na peça Abade Constantino. |
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11 -
Eduardo Schwalbach - |
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12 - Erico Braga
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(ACTOR) – Nasceu no Brasil mas é português de coração. Não
diz a idade a ninguém. Há contudo quem diga que, apesar de tudo,
é rapaz dos seus trinta e três... Atraído para o teatro,
representou com amadores em récitas elegantes. No teatro
público, estreou-se no Politeama, de Lisboa, em 16 de Janeiro de
1916, na peça A Vida de um Rapaz Pobre, papel de Bevalin.
§ Passou mais tarde do Nacional, transitou pela revista fazendo
o compère do Burro em Pé. § Depois de fazer uma
sociedade com Macedo e Brito no Politeama, tornou-se
independente e foi para o Brasil com a Companhia Lucinda Simões.
§ É hoje director-gerente da mesma companhia que tem o seu
principal estágio no Teatro S. Carlos de Lisboa. § É marido da
grande actriz Lucília Simões. |
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13 -
Esther Leão
– (ACTRIZ) – Estreou-se no antigo Teatro D. Amélia na
peça O Assalto, ao lado de Augusto Rosa de quem foi
discípula. Esteve depois muito tempo afastada do teatro,
voltando mais tarde e distinguindo-se nos trabalhos realizados
no Teatro Politiama, Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro.
Ingressou ou depois no Teatro Nacional, como societária, onde
esteve duas épocas fazendo principais papeis, entre eles, o de
A Severa. Ultimamente deu-se um incidente com esta
artista, por ter partido para África sem licença e fora dos
preceitos da lei. Voltou há pouco da sua digressão, tendo
representado A Anedota de Marcelino de Mesquita em S.
Tomé.
§
Cumpre
actualmente o castigo, muito benévolo, imposto pelo ministro da
instrução, Dr. Sousa Júnior. |
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14 -
José Ricardo – (ACTOR) – Nasceu em Lisboa, em 9 de Fevereiro
de 1859.
§ Há quem diga que apareceu pela primeira vez, tendo
apenas quatro anos, fazendo o Ano Novo na revista de
Manuel Roussado, Fossilismo e Progresso. Sousa Bastos, na
Carteira do Artista, nega esse facto dizendo que talvez se
estreasse na Revista de Vasconcelos Correia ou nos
Melhoramentos Materiais, do actor Isidoro. Foi nesta última
peça que se estreou.
§ Em 27 de Janeiro de 1925 fez-se-lhe uma
festa de homenagem, pelas bodas de ouro teatrais, no Teatro
Nacional. |
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15 -
Dr. Júlio Dantas – (DRAMATURGO) – Nasceu em Lagos, a 19 de
Maio de 1876.
§ Estreou-se como dramaturgo no Teatro de D. Amélia,
com a peça O que Morreu de Amor, representada pela
Companhia Rosas e Brazão.
§ Antes dessa peça fez a tradução de
Cyrano de Bergerac, de colaboração com Manuel Penteado.
§ É um
dos dramaturgos mais representados no estrangeiro, director da
Escola de Arte de Representar e inspector das Bibliotecas e
Arquivos. |
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16 -
Marcelino Mesquita – (DRAMATURGO) – Nasceu no Cartaxo em 1
Setembro de 1856. Foi um dos mais extraordinários dramaturgos
dos últimos tempos.
§
Pode mesmo dizer-se que foi o nosso maior Teatralizador.
§
Estreou-se no Teatro de D. Maria com a peça
Leonor Teles, que foi representada por estudantes, e que
teve tanto sucesso que ficou, para sempre, no reportório daquele
teatro, tendo sido, portanto, representada por artistas.
§
A sua
segunda peça, A Pérola, subiu à cena no Príncipe Real a
23 de Maio de 1885. Esta peça provocou grande discussão.
§
Depois
disso, êxitos enormes: Os Castros, O Velho Tema,
Dor Suprema, O Regente, etc. Mais tarde, as
grandes peças: Envelhecer, Pedro Cruel,
Margarida do Monte, etc. Peça de escândalo: A Noite do
Calvário.
§
Marcelino morreu há anos, não deixando continuador da sua
maneira, que até agora, pudesse ombrear com a sua obra. |
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17 -
Maria Matos – (ACTRIZ) – Nasceu em Lisboa, em Outubro de 1887.
§
Estreou-se no teatro de D. Maria, de Lisboa, na peça Judas,
de Augusto de Lacerda.
§
Foi aluna do Conservatório, onde obteve
um primeiro prémio.
§
Anda actualmente em tournée pelas
províncias.
§
É casada com o actor-empresário,
Mendonça de
Carvalho e mãe da actrizinha Maria Helena. |
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18 -
Virgínia Dias da Silva -
(ACTRlZ) - Nasceu em 19 de Março de 1844.
Estreou-se em 1866, no Teatro do Príncipe Real, num pequeno
papel da comédia em 2 actos Mocidade e Honra, revelando
imediatamente o que dela havia a esperar. A sua voz era
extraordinária. Tomou conta do Teatro, que era, aquando da sua
estreia, dirigido por César de Lima, o grande mestre Santos
Pitorra e, debaixo da Sua direcção, começou Virgínia fazendo
progressos, prodígios mesmo.
§
Quando Santos passou ao D. Maria, levou Virgínia para o lugar
vago pela morte de Manuela Rey. Foi mais tarde como sócia para o
Trindade, onde foi primeira-dama dramática.
§
Ainda mais tarde voltou para o D. Maria, deixando
depois de representar e vindo a falecer muitos anos depois, em
Dezembro de 1922.
§
Foi esposa do actor Ferreira da Silva, de quem estava divorciada
quando faleceu.
Obs. – De acordo
com a informação recebida de um trineto, a actriz Virgínia Dias
da Silva não terá nascido na data indicada na publicação da
época, mas sim em 19 de Março de 1850, pelo que se terá estreado
no teatro com 16 anos. |
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Colaboração de
Maria Virgínia Salgueiro
e Henrique Neves |
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Última
actualização
08-05-2019
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