A cidade do Sabugal situa-se
num promontório contornado pelo rio Côa, o que proporcionou uma ocupação
humana muito remota, devendo ter existido no local um castro
pré-histórico.
Após a ocupação romana,
seguiu-se um período de alguns séculos dos quais não possuímos
conhecimentos. Só na idade Média surgem referências à região, com a sua
conquista por D. Afonso Henriques.
Considerado um território de
reduzido interesse na política de expansão para sul, acabou por ser
integrado no Reino de Leão. Nos finais do século XII, D. Afonso IX de
Leão fundou o Sabugal e concedeu-lhe foral.
Em 1296, D. Dinis decidiu
conquistar as terras de Riba-Côa, que ficaram definitivamente em seu
poder com a assinatura do Tratado de Alcanizes, em Novembro de 1297.
Para melhor defesa das
terras conquistadas, D. Dinis mandou construir um castelo sobre as
muralhas leonesas, encimado por uma imponente torre de menagem, com a
particularidade de ser o único em Portugal cuja torre apresenta um plano
pentagonal regular. Igualmente foi confirmado o foram anterior e a feira
franca existente.
No reinado de D. Manuel I, o
castelo sofreu obras de beneficiação, comprovadas pelo escudo ladeado
pelas esferas armilares presente na torre de menagem e na torre do
relógio, que protege a única porta da muralha leonesa que sobreviveu até
aos nossos dias.
Durante as invasões
francesas, o Sabugal foi alvo da ocupação e saque pelas tropas de
Massena em retirada. Foi nas proximidades da cidade, em Gravato, que se
deu a última batalha em território nacional.
Texto adaptado da brochura
publicada pela C. M. do Sabugal. |