A Guerra, sempre a Guerra em nome da Paz…
Pátrias desoladas pelos
horrores da Guerra. Corpos despedaçados cobrem a Terra com um manto
vermelho. O sangue tinge as águas, daqueles que foram e não mais voltaram.
Almas ultrajadas vagueiam por este Universo incógnito, sem destino.
Uma criança chora, a preto e
branco. Outra soluça, de olhos esbugalhados pelo horror, ao mesmo tempo que
se esconde dos Homens de verdes fardas, que correm, de arma em punho, para
todos os lugares, pelo sórdido prazer da morte e do sangue. Já não têm Fé,
nem Paz, nem Amor, nem Esperança, nem Nada… Já não sabem que são humanos.
Movem-se como autómatos.
Tornam-se meras máquinas programadas para matar, indiscriminadamente. A
Guerra torna-se um vício, um hábito enraizado, qual nicotina, cuja ausência
desatina.
Não há mais um lar habitável
para além deste cenário de todas as desgraças. Restam as trincheiras, os
campos de batalha, onde a morte de uns é a vida de outros.
Violência e mais
violência…Atrocidades e mais atrocidades… movem um ciclo completamente
vicioso, sem princípio nem fim. A agressividade perpétua marca os espíritos
robotizados dos fazedores da Guerra.
Fazer Guerra para alcançar a
Paz, dizem os mentores dos pseudo-projectos de salvação da Humanidade. Que
grande ironia! Que tremenda hipocrisia dos espíritos insanos!
A Guerra é o chamamento sem
fim das mentes desejosas de expulsar a agressividade, durante anos contida,
a violência, sempre reprimida, recalcada pelo convencional, pelo instituído,
pelo “politicamente correcto”, nem sempre com fundamento válido visível.
Como queria ser Deus,
Todo-Poderoso, o Deus que tudo pode, para aniquilar essa face negra do
coração dos homens.
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