Hierarquia superior
 
 

A Paz não se aquieta mais

Dentro de mim.

 

Não sou Atlas,

Mas carrego nas costas

O peso do Mundo.

 

O peso das convivências,

Impiedosas,

Que me atormentam o espírito,

 

Dos olhares,

Impertinentes,

Que me crucificam,

 

Da tolerância,

Dissimulada,

Que me esgota a alma.

 

O peso dos sorrisos,

Hipócritas,

Que me consomem a mente,

 

Da vileza,

Sórdida,

Que me rouba a seiva.

 

Que raio de gentes!

 

Só na vida alheia,

Tropeçam,

Isentas de indignidade.

 

Ai,

Essa maldita

Intromissão no alheio!

 

Ai,

Essa maldita

Farsa da unidade!

 

Ai,

Essa maldita

Mesquinhez do Pré-conceito!

 

Que raio de gentes!

 

 

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