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Título
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A rapariga que roubava livros |
Autor |
Markus Zusak |
Editora |
Editorial Presença |
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Sinopse
Quando a morte nos conta uma história, temos todo
o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em «A
Rapariga Que Roubava Livros», vamos ao seu encontro na Alemanha,
por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função
muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por
esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina
de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha
passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão.
Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de
muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as
dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando
o roubou, ainda não sabia ler. Será com a ajuda do pai, um
perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o
caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo
dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar
livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um
registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a
atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada
palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos
devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da
Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
Comentários
"Zusak não só cria uma história original e enfeitiçante, como
escreve com poesia… Uma narrativa extraordinária."
School Library Journal
"Uma narrativa absorvente e marcante." - Washington Post
"Uma história poderosa." - Booklist
"Brilhante… É um daqueles livros que podem mudar a nossa vida…"
- New York Times
"Perturbador e poético ao mesmo tempo…Parece bem colocado para
se tornar um clássico." - USA Today
"Elegante, filosófico e comovente… Belo e importante." - Kirkus
Reviews
"Um feito… um livro que é um desafio…" - Publisher's Weekly
"Inquietante, desafiante, triunfante e trágico… Um livro de
grande fôlego, escrito de forma soberba… É impossível parar de o
ler." - Guardian
"Um livro extraordinário, marcante, de grande beleza." -
Sunday Telegraph
"Aos trinta anos, Zusak escreveu um dos livros australianos mais
invulgares e cativantes de sempre." - The Age (Austrália) |
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Título
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O último ano em Luanda |
Autor |
Tiago Rebelo |
Editora |
Editorial Presença |
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Sinopse
Em 1974, uma revolução em Lisboa apanha de
surpresa centenas de milhares de portugueses que vivem em
Angola. A partir desse dia inicia-se a derrocada imparável de
uma sociedade inteira que, tal como um navio a afundar-se, está
condenada à destruição e à ruína. Em escassos meses, trezentos
mil portugueses são obrigados a largar tudo e a fugir,
embarcando numa ponte aérea e marítima que marca o maior êxodo
da história deste povo. Para trás ficam as suas casas, os carros
e até os animais de estimação. Empresas, fábricas, comércio e
fazendas são abandonados enquanto Luanda, a capital da jóia da
coroa do império português, é abalada por uma guerra civil que
alastra ao resto do território angolano. Três movimentos de
libertação, cujos exércitos estavam derrotados a 25 de Abril de
1974, estão novamente activos e combatem entre eles pelo poder
deixado vazio pelas Forças Armadas portuguesas.
É neste cenário
de total desorientação social e de insegurança generalizada que
Nuno, um aventureiro que há anos atravessa os céus do sertão
angolano no seu avião, Regina e o filho de ambos se movem, numa
extraordinária luta para sobreviverem à violência diária, às
perseguições políticas, às intrigas e traições que fazem de
Luanda uma cidade desesperada.
Esta é a história
de coragem e abnegação de um casal surpreendido, tal como
milhares de outros, num processo de degradação que se deve à
recusa do Exército em defender os seus próprios compatriotas a
favor de um movimento até há pouco inimigo, ao desinteresse dos
políticos, à total incapacidade do governo de Lisboa para impor
os termos de um acordo assinado no Alvor e constantemente
violado em Angola e à intervenção militar das duas potências
mundiais envolvidas numa guerra fria que é combatida por
intermédio dos exércitos regionais. |
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Título
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Maléfico |
Autor |
Nora Roberts |
Editora |
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Sinopse -
Há dez anos atrás a escultora Clare Kimball
deixou decidiu deixar Emmitsboro, no Maryland para,
literalmente, partir à conquista do mundo da arte. Alguns anos
depois tornou-se na mais importante figura artística da sua
geração. Mas não há sucesso que possa fazer ignorar os seus
pesadelos, nem as memórias que guarda do suicídio do pai. No
auge da fama, Clare desiste de tudo para enfrentar os demónios
que a perseguem. Quando regressa a Emmitsboro, Clare reencontra
Cameron Rafferty, agora o xerife da cidade. Cameron amara Clare
durante muito tempo e, agora que ela regressou, cria-se um laço
entre os dois que se fortalece a cada dia que passa. Mas o
passado acaba por se impor, e vem abalar a cidade com um crime.
A investigação policial inicia-se, e tanto Clare como Cameron
acabarão por descobrir que o mal pode ocultar-se em todo o lado,
mesmo naqueles que mais se ama e em que mais se confia. |
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Título
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A costa dos murmúrios |
Autor |
Lídia Jorge |
Editora |
Publicações Dom Quixote |
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Sinopse -
Publicado em 1988, este romance é uma das obras
centrais da escritora.
A acção decorre entre os finais dos anos sessenta e princípio
dos anos setenta, em pleno ambiente de guerra colonial, e o
livro apresenta-se como uma espécie de testemunho vivido no
momento da liquidação definitiva do Império Português. Mais
concretamente, passa-se em Moçambique, e tem como palco
privilegiado o Hotel Stella Maris, local onde as mulheres dos
oficiais permanecem quando os maridos partem para missões no
mato. É aí, num ambiente de grande tensão emocional, que o
futuro de todos se joga, e o risco de viver ou sobreviver se
torna permanente. Interpretam o jogo do acaso dois casais, Eva
Lopo e o alferes Luís Alex, e Helena de Tróia e seu marido
Capitão Forza Leal. A partir do jogo dos seus destinos, a
narrativa questiona o papel do poder do Estado sobre os
indivíduos, e sobretudo o sentido trágico da própria História.
A Costa dos Murmúrios inspirou o filme homónimo da
realizadora Margarida Cardoso, datado de Novembro de 2005. |
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Título
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A rapariga que inventou um sonho |
Autor |
Haruki Murakami |
Editora |
Casa das Letras |
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Sinopse -
Em «A Rapariga que Inventou Um Sonho» estão
reunidos os vinte e quatro melhores contos de Haruki Murakami,
escritos entre 1981 e 2005, onde a mestria do autor do
best-seller Kafka à Beira-Mar envolve a fantasia com a mais
natural das realidades. Do surreal ao mundano, estas histórias
exibem a sua habilidade de transformar o curso da experiência
humana na mais pura e surpreendente arte literária.
Há corvos
animados, macacos criminosos, um homem de gelo… Há sonhos que
nos moldam e coisas que sempre sonhámos ter… Há reuniões em
Itália, um exílio romântico na Grécia, umas férias no Havai… Há
personagens que se confrontam com perdas dolorosas, outras que
se deparam com distâncias inultrapassáveis entre os que querem
estar o mais próximo possível.
Quase todas
as histórias são melancólicas, com personagens submersas pela
solidão. Murakami junta os seus temas favoritos: os
acontecimentos inexplicáveis (o tal toque de fantástico que
provoca por vezes a sua inclusão na corrente do realismo
fantástico), as coincidências, o jazz, os pássaros e os gatos.
Tal como foi escrito no Los Angeles Times Book Reviey, "Murakami
abraça o fantástico e o real, cada um com a mesma envolvência de
intensidade e luminosidade."
Comentários - "Um aviso aos novos leitores de Murakami: Vão
ficar viciados…"- San Francisco Chronicle
"Um dos maiores romancistas vivos."- The Guardian |
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Título - Autor |
Património - Philip Roth |
Editora |
Publicações
Dom Quixote |
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Sinopse -
«Património», uma história verdadeira que toca
nas emoções ainda com mais profundidade do que qualquer outra
obra do autor.
Roth
assiste à batalha que o seu pai – famoso pelo seu vigor, charme
e pelo seu repertório de recordações de Newark – trava com o
tumor cerebral que o irá matar. O filho, repleto de amor,
ansiedade e medo, acompanha-o em cada atemorizante estádio da
sua provação final e, ao fazê-lo, revela o apego à vida que
marcou o compromisso longo e teimoso do seu pai com a vida.
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Título - Autor |
Romance de
Gengji - Murasaki
Shikibu |
Editora |
Relógio
D'água Editores |
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Sinopse -
O romance de Liza Dalby inspira-se por sua vez
nos fragmentos que sobreviveram do diário e da poesia de
Musaraki para criar um retrato vívido e pormenorizado de uma
mulher inteligente, sensível e complexa, mas também de uma época
fascinante: o Japão do século XI.
Requintada
e culta, profundamente influenciada pela cultura chinesa, a
sociedade japonesa da dinastia Heian é um mundo codificado e
fortemente hierarquizado, em todos os actos da vida obedecem a
regras fixas: as cores dos trajes, os movimentos dos leques, as
cortinas que separam homens e mulheres, as relações entre pais e
filhos, entre superiores e inferiores. |
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Valter Hugo Mãe -
Prémio Saramago -
10-12-2007
Ganhou o
Prémio de Poesia Almeida Garrett, publicou o romance O nosso
reino e, mais recentemente, O Remorso de Baltazar
Serapião, que
lhe valeu a conquista do Prémio Saramago. Falamos, naturalmente,
de Valter Hugo Mãe, um dos mais promissores escritores da nova
geração. |
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O que o leva a escrever sem maiúsculas, Valter Hugo Mãe? Será
também uma forma de criar uma estética linguística própria?
As minúsculas criam uma aceleração na leitura que me interessa.
Tudo nos meus textos pretende uma precipitação do leitor, como
se lhe retirasse os freios, e a escrita em minúsculas, abdicando
também do maior número de sinalética possível, produz esse
efeito. Além disso, sem dúvida que me parece ainda oferecer uma
limpeza visual de que gosto muito. Só tínhamos de desviar as
atenções do meu pai, não fosse ele saber das sevícias sobre a
vaca, era bom que se agradasse de saber a masculinidade do filho
posto na diaba, escola de tantos nós, mas da vaca eu não
imaginaria que loucura lhe desse tal informação.
Em que momento
da sua criação se lembrou de introduzir a vaca, que de resto dá
alcunha àquela rude família, havendo inclusive a suspeita de que
Baltazar Serapião e irmão seriam filhos da mesma?
A vaca sarga é fundamental para tonalizar todo o livro pelo lado
da bestialidade. Surge como motor de toda a história, e
escolhi-a fazendo um jogo com o Almada Negreiros que, no seu
«Nome de Guerra», diz que os animais domésticos deviam ter os
apelidos das famílias a que pertencem. Eu fiz o contrário:
imaginei uma família conhecida pelo nome da vaca a que se
afeiçoaram.
Gosto muito do
Almada Negreiros, mais tarde ou mais cedo havia de lhe piscar o
olho para uma singela homenagem.
O seu livro
foi escrito com recurso a uma linguagem característica da Idade
Média e com personagens rudes e ignorantes que espelham bem até
que ponto o amor e o ciúme se podem tornar sinistros. Não acha
que muitas das peripécias do seu livro podem ser descortinadas
em pleno século XXI?
O meu livro não é histórico, não pretende ser um retrato da
Idade Média e não é verdade que a linguagem usada seja
característica daquele tempo. O trabalho deste livro teve
exactamente que ver com a imaginação de um português que nos
pareça antigo, que nos pareça talvez medieval, mas é um
português imaginado, que não corresponde exactamente a nenhuma
expressão concreta de nenhum tempo mais recente ou afastado.
Em relação às
questões que levanta, sobretudo no que se prende com o machismo
e a descriminação sobre as mulheres, o livro poderá colocar-se
num limite, num certo exagero, mas todos nós sabemos que a
igualdade das mulheres ainda tem muitas batalhas para vencer.
Estou convencido de que, daqui a duzentos anos, os cidadãos do
mundo olharão para nós como grunhos, um pouco mais polidos, mas
grunhos ainda.
Ficou
surpreendido com o Prémio Saramago? A conquista deste galardão
pode alterar de alguma forma as suas novas criações?
Fiquei surpreso, porque seria demasiado perigoso que escrevesse
a contar com um qualquer prémio. Fiquei surpreso por o ter
recebido com tal consenso do júri e tão grande entusiasmo de
José Saramago.
O que este prémio
poderá influir no meu trabalho passará sobretudo por uma
motivação acrescida, nunca pela estilização num determinado
sentido ou adopção de temáticas que pareçam mais populares.
Escrevo há muitos anos e publiquei muitos livros já, também tive
uma experiência como editor muito longa e muito rica. Acho que o
meu caminho enquanto autor me pertence acima de tudo, no sentido
em que optei sempre por aquilo que me é mais genuíno. Espero, no
entanto, que os meus leitores, os de sempre e os novos, possam
compreender o que faço e gostar. Fico sinceramente contente de
cada vez que alguém me diz que gostou de um livro meu. Tenho
medo de que seja uma vaidade, quero pensar que é antes um
excelente prenúncio para uma amizade.
Este prémio
poderá trazer-me mais leitores e mais amigos. Espero que assim
seja.
D. Afonso, o senhor feudal, não deixa de ser uma figura
misteriosa. Em algum momento estabeleceu um paralelismo com a
situação actual?
D. Afonso é, como um pouco todas as personagens, a representação
de um estereótipo, neste caso a de um tolo com poder. Um homem
não exactamente mau, apenas com as suas falhas, que se podem
tornar trágicas pelo simples facto de mandar e desmandar em
tanta gente. Acho que isso acontece a toda a hora. Mais do que
pensar que o poder corrompe, descubro a cada passo que o poder
está, muitas vezes, entregue às mãos de gente incompetente ou
simplesmente desajeitada.
Como é que um
escritor que se preocupa com a excelência e que se intitula de
esquizofrénico, fazendo uso de um termo que utilizou numa
entrevista que concedeu, analisa a profusão da literatura light
entre nós? Acha que elas podem coabitar pacificamente?
Fora do contexto, dizer que sou esquizofrénico parece caso para
me internarem. Disse-o no sentido em que necessito de modificar,
de encontrar caminhos de alguma alteração para aquilo que já fiz
e vou fazer. Gosto de redescobrir-me, para chegar a um resultado
que me surpreenda e que consiga levar os meus limites a um outro
ponto. Gosto de me desconhecer.
A literatura
light é uma não literatura por definição. Não me afecta
directamente a sua existência. Lamento apenas que o mercado se
alicerce em boa parte nesses títulos colunáveis, fazendo com que
as boas obras percam espaço de exposição. Entramos em qualquer
livraria e uma percentagem grande dos seus escaparates estão
entregues aos autores light. É fácil entender que o comum dos
leitores se deixe convencer, mais tarde ou mais cedo, de que
vale a pena comprá-los em detrimento dos livros que são escritos
por razões de qualidade literária e não com finalidades
eminentemente financeiras.
A coabitação não
é e não será pacífica. Também não tem de ser – ou não deve ser,
no meu entendimento – beligerante. Eu diria que é antes uma
coabitação fria, sem guerra, apenas uma certa tensão que leva a
que os escritores que buscam a qualidade exijam, quando
confundidos, que se separem as águas.
Quais são as
suas grandes referências literárias, Valter Hugo Mãe?
Misturo na literatura muitos artistas, de Bosch a Sade, de
Kafka a Lisa Santos Silva, de Mizoguchi a Ruy Belo, de
Lautréamont a Werner Herzog, de Bach a Manoel de Oliveira, entre
muitos outros. Sou viciado em arte, e posso até considerar que a
pintura e o cinema são mais indutores do que escrevo do que
outros escritores. Depois de um quadro de Memling ou de um filme
de Alejandro Jodorowsky pode acontecer de escrever horas a fio,
sem dúvida com uma vontade enorme de seduzir esses autores para
a minha arte também. Seria lindo encontrá-los, num tempo depois
do tempo, e sentir-me perto deles, digno deles, como acho que é
o sonho de todos os artistas.
O que vem a
seguir à família Serapião?
Depois da família Serapião virá uma história dos nossos
dias. Uma história que procura um lugar mais nítido naquilo que
somos hoje, ou, mais criticamente, naquilo em que nos tornamos.
Será um texto menos estilizado, talvez, para simplificar o
pendor linguístico em favor de um contexto mais questionador ao
nível das éticas contemporâneas. |
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Título - Autor |
«O castelo de
vidro» - Jeannette Walls |
Género |
MEMÓRIAS |
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Sinopse - «Filha, nós não temos dinheiro
para o presente, mas escolhe uma estrela no céu, e fica com ela
pra toda a vida." Todos podem, devem, dar uma segunda
oportunidade à vida. Nas suas memórias, a jornalista e escritora
Jeannette Walls mostra-nos, sem pieguices e respostas fáceis,
que tudo na vida é mesmo relativo. As adversidades também podem
ser vividas com leveza, acrescentando grandeza, aprendizagem,
sabedoria, às nossas biografias.
1º lugar na Amazon e no New York Times, entre as biografias,
desde Janeiro de 2006.
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Título - Autor |
«Quando um
crocodilo engole o sol» - Peter Godwin |
Género |
MEMÓRIAS |
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Sinopse -
Conjugando o depoimento delicado e
emocionante sobre a morte de seu pai e a exposição corajosa do
colapso de toda uma nação, o jornalista inglês Peter Godwin
apresenta-nos um livro inesquecível e envolvente, da primeira à
última página.
Em 1996, quando o seu pai sofre um enfarte, Godwin volta ao
Zimbábue, no sul da África, onde passara a infância. Depara-se
com a fragilidade física dos seus pais, com segredos que vão
mudar a maneira como ele próprio se vê, num país arruinado pela
ignorância, pela corrupção e pela tirania.
À medida que a
saúde do seu pai se vai deteriorando, também se deteriora a
situação política no Zimbábue. Mugabe, o presidente, institui
uma série de reformas que despejam os fazendeiros brancos das
terras que haviam cultivado durante anos, desestruturando a
economia do país.
Quando o
crocodilo engole o sol é um lamento profundo pela perda do pai,
pelo sofrimento de toda a população, com as terríveis condições
do Zimbábue, que atingem igualmente pretos e brancos, e pela
maneira como o ser humano se trai a si mesmo e aos outros, sem
se aperceber disso.
A narrativa de
Godwin atravessa décadas de história, com consistência e
delicadeza, compondo um retrato vivido de uma família diante da
morte e de um país à beira da destruição. |
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Título - Autor |
«A doçura do
mundo» - de Thrity Umrigar |
Género |
ROMANCE
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Sinopse -
Após a perda do seu marido, Tehmina
Sethna está emocionalmente fragilizada. Por isso, decide aceitar
o convite do filho, Sorab, para passar um tempo com ele, em Ohio,
nos Estados Unidos. Sorab, um homem de 38 anos que fugira da
Índia para mudar de vida, casa-se com Susan. Tiveram um filho,
Cavas, e vivem uma vida perfeita, ao estilo americano.
O que parecia ser
um recomeço, porém, deixa Tehmina numa situação delicada. Sem
conseguir adaptar-se à cultura ocidental, Tehmina sofre com a
rejeição da sua nora. Sente-se sozinha no mundo, mesmo quando
Sorab a convida para morar com ele. Surge o dilema: tem de
escolher entre a nova vida e o retorno à cidade de Bombaim que,
cada vez mais, lhe desperta imensas saudades. Porém,Tehmina, ao
ajudar dois meninos que moram na casa ao lado e são maltratados
e negligenciados pela mãe, consegue romper, mesmo que
inconscientemente, as barreiras entre as duas culturas.
Alternando as
visões de Tehmina e de Sorab, «A doçura do mundo» é, sem dúvida,
um romance rico. Celebra a família e a vida em comunidade,
chamando à atenção do leitor para a diversidade de posturas
sobre a interculturalidade. Neste novo livro, Thrity Umrigar
prova, mais uma vez, por que é considerada uma das escritoras
mais sensíveis da actualidade.
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Título - Autor |
«A madona de Cedro
- Edição comemorativa 50 anos» - Antonio Callado |
Género |
ROMANCE
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Sinopse -
António Callado é,
indiscutivelmente, um dos maiores escritores brasileiros.
Seguramente, uma das maiores personalidades de um Brasil melhor
e mais justo, que urge conquistar e construir (ou reconstruir).
«A Nova
Fronteira» registra e homenageia, em edição especial de capa
dura, apresentada por Tizuka Yamasaki, os 50 anos de lançamento
do seu romance «A madona de cedro», obra-prima onde Callado, a
partir do roubo de uma imagem sacra, elabora metáforas
extraordinárias sobre o embate entre ideologias e as forças da
alma e da matéria. |
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Título - Autor |
«A montanha e o
rio», de Da Chen |
Género |
ROMANCE
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Sinopse -
No auge da Revolução Cultural
chinesa, Ding Long, um jovem e poderoso general, gera dois
filhos. Um deles, legítimo. O outro, fruto de uma relação
extra-conjugal com uma jovem camponesa que se atira, do alto de
uma montanha, poucos momentos depois do parto.
Tan cresce em
Beijing, cercado de luxo, carinho e conforto, ao passo que
Shento, o bastardo, é criado nas montanhas por um velho
curandeiro e pela sua esposa, até que a morte do casal o leva a
um orfanato, onde passa a viver sozinho, assustado e faminto.
Separados pela distância e pelas condições de vida, Tan e Shento
são dois estranhos, que crescem ignorando a existência um do
outro.
«A montanha e o rio» narra a saga desses dois irmãos, que
trilham caminhos distintos, mas cujas vidas se encontram quando
se mesclam inevitavelmente aos acontecimentos que marcam a
história política e social da China, no final do século XX.
Numa trama repleta de conspiração, mistério e paixão, Tan e
Shento tornam-se inimigos ferozes, tanto no campo político
quanto no pessoal. Com esta história envolvente, que levou oito
anos para ser concluída, Da Chen, conhecido pelas suas obras
memorialísticas, faz a sua primeira incursão pela área da
ficção.
A marca de Da
Chen está, por certo, presente nesta narrativa, que possui
também traços do romance histórico, ao mesmo tempo que é
perpassada pelas milenares tradições do Oriente, na suas
relações com o mundo ocidental. |
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Última actualização
09-04-2019 |
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