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                   O
                  poeta é um palhaço 
                  Neste circo
                  que é a vida 
                  Jamais
                  percebe o seu passo 
                  Na merda que
                  vai ser lida. 
                  E os que se
                  atrevem na senda 
                  Da negra
                  presença escrita 
                  Não pensam;
                  nem uma lenda 
                  Teria em si
                  tanta fita. 
                  E assim
                  perante a tristeza 
                  Cruel de
                  escrever poemas 
                  Sentem-se
                  todos à mesa 
                  Que o prato
                  é Caio Mecenas.
                    
                  
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