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                   Só, abandonada, distante, 
                  Procurei o brilho da vida 
                  De que me esqueci... 
                  Bem no fundo, no escuro, 
                  Encontrei-me contigo. 
                  Caminhos cruzados, apenas... 
                  Chamamentos socorridos 
                  Mas muito brevemente alentados... 
                  Sentia uma esperança em ti, 
                  Uma compatibilidade que fora perdida 
                  E que tanto me desanimava... 
                  Surgiu a espera, 
                  A incessante espera 
                  Pelo alvorecer do sol 
                  Da seguinte jornada... 
                  Sufocava-me angustiantemente 
                  Não te olhar, não te tocar, não te acarinhar... 
                  Deste-me sinais das trevas 
                  Influenciadas, talvez, pelos deuses da noite... 
                  Só que agora... 
                  Agora vejo-te num sonho dourado, 
                  Enternecido num algodão doce, 
                  Que, embora frágil, é tão belo! 
                  Transmiti-te o meu ser encarnado? 
                  O brilho da tua alma 
                  Será a chama que em mim foi apagada? 
                  Preciso da tua partilha! 
                  Preciso da tua alma! 
                  Preciso de ti! 
                  PRECISO! 
                  Eu espero... Se não murchar...
                    
                  
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