Às vezes tenho pena de não crer
Num Deus qualquer,
Ovo de tudo quanto existe sobre a Terra,
Razão primeira,
Força inicial
E também
Cinza final.

E ter a resignação
E a coragem
De acreditar
Que tudo quanto é bom é obra sua
E tudo quanto é mau é obra nossa,
Nascida do mau uso que fazemos
Da Liberdade que nos concedeu.

Mas não posso!

Prefiro ser apedrejado,
Após qualquer mau acto praticado,
E também receber
Os loiros da vitória que tiver
Na luta que travar.

Quero ter o castigo e a recompensa,
Quero viver
O Bem e o Mal,
Quero ser o que sou:
Verme na terra,
Ave no céu,
Mas... EU!

   

 

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