Mundo,
De todos os mares!
Ares
De todos os céus!
Terra,
De todos os pés!
Fés,
De todas as crenças!


Acordai
E olhai,
À vossa volta,
A revolta
Que todos sentem mas não gritam
E que é preciso gritar;
Que todos sofrem mas não vivem
E que é preciso viver,
Pois não basta negar,
Com o silêncio das vozes,
A maldição que paira sobre o Mundo,
E de que o homem,
Alguns homens,
São os autores responsáveis,
Aqueles em quem o homem,
Só por covardia,
Falta de coragem,
Vê a imagem
Dos heróis desse dia
Que passou,
Em que desconhecia
O que valia
A própria força,
A força que podia
Vencer, no anti-HOMEM,
A negação
Do homem-PAZ,
Do homem-CRIAÇÃO,
Filho e Pai do HOMEM que há-de vir
Quando surgir
O HOMEM que de si próprio seja
A afirmação!

   

 

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