A mesa era redonda?
Talvez não!
A quem a olhasse mais atentamente,
Para além da distância, que era igual,
Dos extremos ao centro,
Era possível ver
Os ângulos, os picos e as arestas,
Agressivas,
Que o contorno certo escondia.
Sentia-se
Que o redondo era como o das balas,
Feito para sentir a carícia da estria,
E que o macio era o das ogivas,
Não das catedrais góticas, de pedra,
Mas das cabeças do monstro,
Do monstro chamado bomba,
Bomba, irmã da negação do HOMEM,
E filha do mesmo homem,
Do homem chamado fera!

   

 

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