Tirano,
Não sei quem és,
Nem mesmo sei o nome que tu tens.
É difícil saber o nome das cabeças
Do monstro chamado HIDRA,
Que se enrosca,
Corrompe,
Envenena,
Asfixia
E mata.

São tantas as cabeças que tu tens,
Ó monstro,
Que o tirano que qualquer delas é,
É sempre igual aos outros,
Por mais distante que possa estar de ti,
Por mais diferente que seja a sua cor.
O veneno é comum,
É comum a maldade,
Qualquer que seja o nome que tu tenhas.

Invocas sempre um nome em que te apoias,
Nome que tu roubaste
E adulteraste,
No sentido profundo que o gerou.

Desfraldas o pendão da cor suave,
Mas usas, para o erguer,
A lança que feriu
E destruiu
A pureza que tu prostituíste
E ficou a marcar,
Em sua inexistente realidade,
O contraste cruel,
Entre o que foi e é a LIBERDADE!

   

 

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