A minha pintura, que
pretendo despretensiosa, desligada de correntes
(comerciais?) exprime temas diversos, rondando
sobretudo uma concepção figurativa estilizada, que
busca a serenidade e o equilíbrio, dando a entender
uma negligência no desenho, que na verdade não
existe.
Em
relação à essência das coisas que refiro,
posso dizer que de forma inconsciente sigo Matisse
com quem me identifico e a quem muito admiro, mais
pela alma que o inspira, do que pela técnica:
"sempre procurou transmitir o brilho e a
alegria da Primavera evitando exprimir temas
deprimentes" (por homenagem e por ele, como
eu, gostar de felinos, dei o seu nome à minha
gata, "Matisse", e assim todos os dia o
afago).
Na
Escola de Belas Artes, estudei com professores
como: Júlio Resende, Zé Rodrigues, Ângelo de
Sousa, Domingos Pinho, Charters de Almeida,
Armando Alves, Batarda, (magnífico Professor),
Jorge Pinheiro e tantos outros que, se não me
influenciaram, enriqueceram-me sem dúvida, com os
seus conhecimentos.
Talvez,
também a minha estadia na bela cidade do Rio de
Janeiro, (só por si uma obra prima da natureza)
me tenha sensibilizado. As cores quentes, a flora
e a fauna, enraizaram-se-me na adolescência, para
sempre (…)
Foi
em Aveiro, que aprendi a gostar de pintura e
escultura; foi em Aveiro que preparei o meu exame
de aptidão à faculdade, com um grande pintor de
faiança, na fabrica Aleluia (o SI. Lourenço) que
ganhou vários prémios em Paris.
Foi
em Aveiro que passei muitos natais e temporadas
numa casa cujo ambiente artístico, tinha logo ao
entrar da porta do jardim, para nos receber, um S.
Francisco afagando os lobos, ...
graça marto
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