opinião

Saramago, um defensor dos Direitos Humanos

José Saramago faria, a 16 de novembro de 2022, cem anos. Em vida foi, para além de um exímio escritor, tendo recebido o Nobel da Literatura em 1998, um defensor dos Direitos Humanos. Com efeito, na sua obra literária, Saramago aborda, através das suas personagens, diversas questões relativas aos Direitos Humanos.

De facto, esta vontade de abordar este assunto é para o autor, mais do que uma escolha, um dever: “No fundo, são questões que tenho com o Mundo, com a sociedade, com a nossa história. [...] É como se o mundo me incomodasse no sentido mais profundo e eu, através de um romance ou fábula, o deixasse exposto.”

Um dos seus romances mais emblemáticos é o Ensaio sobre a Cegueira, publicado em 1995. Neste romance é abordada a irracionalidade do Mundo Contemporâneo e o que de pior há no Homem, através de uma personagem que, sendo a única que não é cega, é a única racional. Sobre este romance, Saramago afirma: “Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, cegos que veem, cegos que, vendo, não veem.”

Em suma, neste centenário de José Saramago, é imperioso enaltecer este escritor, que através da sua vida e obra, nos alertou para a importância de respeitar os Direitos que não são de alguns, mas de todos.

Inês Freire, Íris, Guilherme, Matilde, Rodrigo Cardoso 11.º D

 

O futuro do planeta:

Não fazer nada é caminhar para a catástrofe ambiental

A COP27 é a conferência das Nações Unidas de 2022 sobre as mudanças climáticas, que teve lugar no Egito e contou com a presença de 90 chefes de estado e representantes de mais de 190 países. Esta conferência, que é realizada anualmente desde 1992 (data do primeiro acordo climático da ONU), pretende determinar várias políticas para travar o aquecimento global e todos os impactos resultantes das alterações climáticas. Os grandes temas para a COP27 foram a mitigação, a adaptação, o financiamento e a colaboração no sentido de colmatar a crise climática. O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que os países ricos devem assinar “um pacto histórico” do clima com os países mais pobres, “ou estaremos condenados”.

Em 2009, os países mais ricos comprometeram-se a alocar 100 mil milhões de dólares para ajudar os países mais vulneráveis a adaptar e mitigar os riscos das alterações climáticas e a investir na transição energética e na redução de emissões de dióxido de carbono. No entanto, esse valor nunca foi atingido.

O ministro do ambiente, Duarte Cordeiro, representou Portugal na COP27. O ministro reconheceu que esta conferência é intercalar, no sentido de prolongar o diálogo estabelecido na COP26, mas considerou que isto não lhe retirou a importância. O ministro afirmou que o Governo está a estudar a possibilidade de reforçar os quatro milhões de euros por ano que tem reservados para responder aos desafios de mitigação e adaptação, porque como Duarte Cordeiro refere: “Não fazer nada é caminhar para a catástrofe ambiental”.

Concluindo, todos nós devemos ser cidadãos ativos e estar atentos a estas iniciativas no sentido de nos tornarmos parte da mudança que queremos que aconteça.

Inês, Íris, Guilherme, Matilde, Rodrigo 11.º D

 

 

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