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         Um 
        Presidente para fazer a diferença 
        Margarida 
          
        Armando Laureano, aluno 
        do AEJE há 6 anos e a frequentar o 12.º ano, é o novo Presidente da 
        nossa Associação de Estudantes. Considera-se extrovertido, diz ter um 
        envolvimento emocional com o agrupamento, gosta de ambientes onde haja 
        interação com pessoas e de canalizar as energias para coisas positivas. 
        Vamos conhecê-lo um pouco melhor. 
        Olá, Armando, 
        conta-nos um pouco sobre a tua história, onde nasceste, quem és tu? 
        Olá, sou o Armando 
        Laureano. Nasci a 23 de janeiro de 2005, cresci e passei uma parte da 
        minha vida em Angola, na Maianga, no centro da cidade de Luanda. Aos 12 
        anos vim para Portugal e, desde então, sempre estudei no Agrupamento de 
        Escolas José Estêvão, primeiramente na Escola Básica n.º 2 de São 
        Bernardo e, mais tarde, na Escola Secundária José Estêvão. 
        Quais são os teus 
        principais gostos pessoais e que atividades extracurriculares mais 
        gostas de fazer? 
        Considero-me uma pessoa 
        muito extrovertida, portanto gosto muito de atividades e de ambientes de 
        interação com o próximo. Gosto de passar tempo com a minha família, 
        gosto muito de desportos, principalmente futebol, gosto de me sentir 
        ativo e, por isso, estou sempre em constante movimento. Tento sempre 
        canalizar a minha energia para coisas positivas e em coisas que me façam 
        evoluir enquanto pessoa! 
        E qual é o teu 
        envolvimento nesta escola, visto que já és um “aluno da casa”? Como é 
        ser um aluno do AEJE? 
        O meu envolvimento com a 
        Escola Secundária José Estêvão, e não só com a escola, mas com todo o 
        agrupamento, é um envolvimento muito emocional, muito sólido também, 
        pois, como já te disse, estou neste agrupamento há muitos anos. Este 
        agrupamento é muito especial para mim, porque tenho muitas memórias, 
        momentos agradáveis com professores e espero mais tarde regressar cá, 
        pois vou ter sempre um pedaço desta escola comigo. Não existem palavras 
        que cheguem para descrever o meu envolvimento com a escola, porque vai 
        muito além de uma relação de aluno-escola ou aluno-professor. Neste 
        estabelecimento aprendi coisas que vou levar para a vida e tenho de 
        agradecer a todos que fazem parte desta escola e que me ensinaram tanto. 
        
          
        Interessante... E como 
        surgiu a ideia de te candidatares à Associação de Estudantes? 
        A ideia da candidatura 
        para a Associação de Estudantes surgiu num contexto de convívio. 
        Lembro-me de estar a conversar com a Benedita Couras, que é a 
        vice-presidente e, de uma forma muito informal, foi-se formando esta 
        ideia e, posteriormente, surgiu a tranquilidade. Não tínhamos, na 
        altura, as condições necessárias para formar uma lista, pois queríamos 
        formar uma lista que obtivesse apenas bons resultados. Isso não 
        implicava ganhar, mas sim que proporcionasse bons momentos a todos os 
        implicados. Todos os anos as campanhas são únicas, e nós este ano 
        conseguimos fazer uma campanha incrível, única, e trouxemos alguma da 
        alegria que durante a época de Covid tinha ficado mais retraída. Achei 
        também curioso, e é muito gratificante, o apoio de todos os alunos. 
        Chegámos a receber mensagens de alunos a agradecer por termos 
        proporcionado momentos // de convívio e de 
        bem-estar. A escola, no fundo, é isso, é um espaço de conhecimento, mas 
        também de relações, de convívio. Foi uma experiência que vou levar 
        sempre com muito carinho no meu coração. 
        O que esperas propor 
        ou o que é que te comprometes fazer e proporcionar em termos de 
        atividades para os alunos do AEJE?  
        Relativamente às 
        atividades que nos comprometemos fazer enquanto Associação de 
        Estudantes, temos como principal foco os bailes, tanto do 12.º ano como 
        do 9.º ano, que já estamos a começar a tratar. Já fizemos uma festa 
        temática na escola, a Estêvão Christmas Party. Tal como nesta festa, 
        também vamos fazer atividades noutras épocas festivas. Estamos também 
        envolvidos nos projetos das turmas. Existem turmas que nos apresentam 
        projetos, ideias de atividades e nós, enquanto associação de estudantes, 
        apoiamos e ajudamos na realização das mesmas. Temos como principal foco 
        representar os interesses dos alunos e eu acho que temos feito isso até 
        ao momento. 
        Qual a mensagem que 
        queres passar aos alunos do AEJE e aos teus sucessores, enquanto 
        presidente da Associação de Estudantes? 
        A mensagem que passo aos 
        alunos do nosso agrupamento é a de aproveitarem ao máximo estes anos de 
        escolaridade, desfrutarem como se fosse o último ano das nossas vidas. 
        Aproveitem o convívio e a ajuda dos professores, as amizades, tentem 
        tirar o máximo proveito de coisas que a escola nos oferece, pois o 
        sentimento que eu tenho, estando no último ano da escolaridade 
        obrigatória, é que daqui a poucos meses a minha vida vai mudar e é uma 
        pena, pois fui muito feliz nestes últimos anos e agora estar a encarar 
        um novo ciclo que aí vem faz-me ter outra visão sobre as coisas. No 
        fundo, a mensagem que quero passar é para aproveitarem e, quanto ao 
        próximo presidente da associação de estudantes, espero que ame esta 
        escola e que, acima de tudo, defenda o interesse dos alunos. 
              
        
            A RÁDIO É MUITO MAIS DO QUE UMA REDE SOCIAL 
        
        Carla Carvalho e Maria João Simões, da Rádio 
        Observador 
        Qual é a função mais importante de uma estação de rádio? 
        A primeira palavra que surge é, mais do que 
        informar, comunicar, estar próximo das pessoas. A rádio é um meio em 
        que, por definição, estamos muito perto das pessoas, portanto a primeira 
        função da rádio é comunicar. 
        Qual foi a situação mais difícil que 
        tiveram de enfrentar no vosso percurso na Rádio Observador? E a mais 
        caricata? As 
        notícias da pandemia e a guerra na Ucrânia foram momentos difíceis. 
        Durante a pandemia, fomos sempre trabalhar. Dividíamo-nos em equipas, 
        para que não nos encontrássemos. Foi duro, mas fundamental, ser a voz 
        daquilo que se estava a passar, da realidade, daquilo que nos rodeava, 
        dos momentos complicados. Recentemente entrevistámos um casal de 
        ucranianos. Foi difícil de gerir. Olhando para a parte caricata, a rádio 
        tem bastidores muito particulares, muitas das vezes não tem vídeo. 
        Quando nos conhecemos, basta olharmos uns para os outros e surge o riso. 
        Não sendo uma rádio cinzenta, há espaço para isto, para que possamos ser 
        nós mesmos, podemos rir ou estar de lágrima no canto do olho. 
        A luta pelas audiências condiciona o 
        vosso trabalho? 
        A luta pelas audiências na TV, sobretudo na 
        área da programação, é sempre condicionada, cada vez mais, porque as 
        audiências na TV são avaliadas ao minuto, ao segundo. Os decisores, 
        programadores da TV, conseguem perceber quando saem de um canal para o 
        outro. Na rádio, só conseguem ver no online, mas no FM, o que ouvimos no 
        rádio não é mensurável desta forma. Quando se fala em audiências, é 
        possível verificar o número de tiragem dos jornais, controlar a TV e 
        jornais online, na rádio não conseguem. 
        Qual é, no vosso ponto de vista, a relação 
        da vossa estação com a geração mais jovem da sociedade? 
        Temos a expectativa de que os jovens nos 
        ouçam, pois temos uma linguagem muito mais solta. Conseguimos conversar 
        sobre política, economia, de uma forma mais descontraída, com 
        gargalhadas, contando que os assuntos sérios consigam ser trazidos num 
        tom mais informal. Há outros conteúdos com informação mais ligeira, por 
        exemplo “A pipoca mais doce”, sabendo que os mais novos piscam o olho a 
        outros meios. 
        Qual é o desafio mais importante que a rádio terá de enfrentar no futuro 
        próximo? O 
        financiamento do jornalismo é muito importante. Quando temos uma conta 
        no Facebook ou no Instagram, não é grátis, estamos a aceitar dar 
        informações nossas. A rádio é muito mais do que uma rede social, 
        portanto precisa de financiamento para sobreviver e ser interessante. 
        Matilde N., Maria M., Luiza N., Rafael F., 
        Celina F., Afonso A. (11.º B) 
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