Oliveira de Azeméis
Oliveira de Azeméis deve figurar no itinerário de todos
os portugueses que desejem conhecer bem os lugares mais pitorescos do
país.
É uma vila de fundação relativamente recente. Contudo,
mesmo assim não lhe faltam motivos que a tornem digna de visita.
A sua paisagem, plena de motives de grande interesse
local, interessa sempre qualquer sensibilidade por mais exigente. A
região é de tipo industrial e agrícola, o que dá ao turista ocasião de
se poder familiarizar com actividades quase desconhecidas da sua
experiência pessoal.
Recomendamo-la aos amadores de campismo, que aqui
encontrarão excelentes lugares para poderem armar os seus acampamentos.
O nome e a vila parecem ter tido origem na seguinte
história, que é hoje tradição.
Havia em tempos recuados, por estes sítios, apenas uma
taberna solitária. Os donatos dos mosteiros, aos quais se dava também o
nome de azeméis, quando andavam no peditório costumavam descansar
debaixo duma oliveira que estava em frente da taberna, e que por isso
veio a denominar-se Oliveira de Azeméis. O tempo foi passando,
construíram-se casas junto da taberna, e a povoação foi desde logo
conhecida pela designação popular do local, que chegou até aos nossos
dias.
Contra esta hipótese, geralmente aceite, insurge-se
Pinho Leal no seu famoso Dicionário. Este autor entende que o
nome da vila provém da palavra árabe algemé, que significa
arraial.
Oliveira de Azeméis era comenda da Ordem de Cristo. Em 15
de Maio de 1779, D. Maria I fez mercê da comenda de S. Miguel, de
Oliveira de Azeméis, a José de Seabra da Silva.
Foi elevada á categoria de vila e cabeça de concelho pelo
principal regente, depois D. João VI, em 1800. Regia-se pelo foral da
Feira.
O turista não deve esquecer-se de visitar a sua igreja,
muito bela e de certa sumptuosidade, reedificada à custa das Obras
Públicas, em 1864.
Os seus campos pitorescos banhados pelo Rio UI, os seus
costumes regionais, o seu famoso parque «La Salette» e a hospitalidade
da população, impõem-se ao turista.
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