Não há
qualquer relação de dependência
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com as diversas escolas básicas e nem há critérios seguros para
estabelecer o tipo e natureza do serviço a prestar. Sendo assim, a
escola tem vindo a definir-se mais como a escola dos seus
professores que como a escola que presta serviços necessários à
comunidade que devia servir.
É de
facto, relativamente ao seu corpo docente e às tradições e a certas
representações – ligadas ao ensino liceal – que a comunidade se
posiciona no acesso aos serviços de educação que se prestam. Tem-se
vindo a realizar alguns estudos que confirmam a não
complementaridade da escola no que respeita a serviços prestados e
confirmam alguma complementaridade nos públicos que procuram as
diferentes escolas. Dito de outro modo, se é verdade que a escola se
tem recusado a descrever as suas intenções e a sua forma de estar na
cidade, os pais e os cidadãos atribuem-lhe qualidades e intenções e
posicionam-se relativamente a ela como se se posicionassem
relativamente a um projecto educativo (liceal, elitista...)
existente de facto, independentemente e consistente com a cidade.
A
comunidade atribuiu à escola um papel e confirma pelas ideias que
mantém há tantos anos que a escola cumpre o papel que lhe foi
atribuído por esse mapa de ideias velho de várias décadas.
De
qualquer modo, estamos a viver um período de transição para um novo
modelo de direcção, administração e gestão de escola e será
necessário apoiar as alterações, dar um corpo organizado a algumas
ideias como pontes para essa nova ou velha escola. E é, por isso, e
também para responder a algumas perplexidades dos serviços de
inspecção e evitar prejuízos nas relações com os diversos
subsistemas (em particular, programas financiadores de projectos)
que a actividade do Conselho Pedagógico deste ano está centrada no
estudo para a elaboração do projecto educativo da escola. De resto,
vamos manter as boas práticas do ano lectivo transacto, centradas
nas turmas e nas coordenações dos directores de turma, no
aprofundamento da autonomia dos diferentes colégios e seus
dirigentes, na abertura do conselho pedagógico à escola e ao
exterior para os grandes temas, no apoio diversificado às
iniciativas dos diversos órgãos de apoio do conselho pedagógico e
dos alunos.
Consideramos como parte integrante do plano de actividades da escola
todas as iniciativas declaradas dos conselhos de grupo e dos
conselhos de turma, bem como as iniciativas dos clubes, a
área-escola (unificada pelo tema dos direitos humanos, que vai ter
concretizações diversíssimas), das organizações autónomas que
trabalham em parceria com a escola – desde o centro de formação da
associação de escolas até às associações de estudantes, à associação
cultural LABOR, ou ao grupo local da amnistia internacional.)
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