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                Este é um dos cinco álbuns que me foram entregues, nos começos 
                do segundo período do ano lectivo de 2018/19, pela Direcção do 
                Agrupamento de Escolas José Estêvão.
                De acordo com o que pude apurar, pelo menos quatro deles  encontravam-se no Gabinete de Geografia da Escola Secundária 
                José Estêvão. Este, em particular, tal como se deduz da leitura 
                da primeira página, foi construído pelo Dr. Assis Maia, 
                professor de História no então Liceu José Estêvão, que 
                funcionava no edifício junto dos Paços do Concelho, actualmente 
                a Secundária Homem Cristo. 
                
                Tendo 
                em conta 
                
                o que nos é dito, este álbum, que ele construiu e ofereceu ao 
                Gabinete de Geografia do Liceu José Estêvão,  foi o 
                resultado da excursão do 7.º ano a Tomar, realizada em 10 de 
                Maio de 1939. É preciso acrescentar que este sétimo ano nada tem 
                a ver com o actual 7.º ano de escolaridade. O sétimo ano era o 
                último do curso liceal, anterior ao prosseguimento de estudos 
                numa universidade. Para aqueles que são da geração de 1940, e 
                talvez ainda de 1950, este 
                sétimo ano correspondia ao segundo ano do terceiro ciclo liceal. 
                
                
                As imagens não primam pela qualidade, mas constituem 
                interessantes curiosidades de uma época já passada. As condições 
                climatéricas e de iluminação para obtenção de boas fotografias não terão sido as melhores 
                e talvez seja essa a causa da reduzida qualidade. E, 
                a avaliar pelo formato, terão provavelmente sido tiradas por 
                dois possuidores de máquinas fotográficas, porque encontramos 
                exemplares nos formatos 6x9 e 6x6 cm. 
                
                No 
                primeiro dia da excursão, terão tido algum azar com a 
                meteorologia. Durante a visita ao mosteiro da Batalha, as 
                condições para as fotografias  terão sido péssimas. Além da 
                fraca luminosidade, devido ao tempo encoberto e escuro, terão 
                apanhado uma valente carga de água e uma forte saravaida no 
                momento da chegada. Estavam quase em meados de Maio, num mês de 
                grandes calores e fortes trovoadas, numa época em que ainda não 
                se manifestavam as alterações climáticas e os provérbios batiam 
                quase sempre certo: em Abril águas mil e em Maio, 
                frequentemente, fortes calores e trovoadas. 
                
                
                Se efectuarmos uma leitura cuidadosa da fotografia seis, que nos 
                mostra como era na época o espaço em frente ao Mosteiro da 
                Batalha, a estrada está encharcada, reflectindo o casario, e as 
                bermas estão cobertas por uma forte camada branca de gelo, 
                indício não de neve, mas de uma valente descarga de pedras 
                geladas. E o céu, por cima do mosteiro, apresenta uma cor 
                fortemente acinzentada. Ninguém na rua, à excepção de uma 
                mulher, quase na frente da «caminheta» de passageiros utilizada 
                na excursão. 
                
                
                Poderíamos continuar a tecer considerações a partir da análise 
                das imagens. Mas cremos que a melhor atitude é deixar que cada 
                um as observe e retire as conclusões que melhor entender, 
                esperando que tenham o mesmo prazer que nós próprios tivemos, ao 
                viajarmos no tempo através desta reportagem fotográfica. 
                
                
                Convém ainda dizer, antes de concluirmos, que todos os objectos 
                deste álbum reconvertido para formato digital são interactivos. 
                Isto significa que deveremos clicar nas fotografias para as 
                podermos ver ampliadas, quer num formato de 1280 píxeis de 
                largura, quer de 1024. Para podermos ver a capa do álbum e a 
                folha branca com o título, teremos, na página do índice, de 
                retroceder utilizando o botão para a página anterior. A barra 
                superior, com o título do álbum, permite aceder à hierarquia 
                superior, ou seja, navegar em retrocesso. Em algumas fotos é 
                preciso clicar sobre elas para voltarmos à página inicial. Na 
                maioria delas, teremos de utilizar o botão de retrocesso do 
                «browser» de Internet. 
                
                
                Divirtam-se visionando as imagens e «sejam felizes», como diria 
                um colega. 
                
                
                Aveiro, 3 de Junho de 2019 
                
                        Henrique J. C. de Oliveira  | 
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