Hiato

 

Ecos da última badalada do campanário
Ondulando soltos pela solidão dos vales
Sugerem actos de invocação a Cronos
Apelando à união das estórias ao instante
Como uma insólita urdidura sentimental
Ungida com orvalho da saudade militante
E aspergindo essências a coroar o hiato,
Corolário de uma liberdade intemporal
A verdejar na vasta pradaria da amizade
E aprontando o restauro das vivências.

                          Agosto de 2024

 

 

28-08-2024