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odem vir
dizer-me muito (e mal) dele, como ex-membro do Governo e
até, admito-o, como pessoa. Admito, mas não creio. Quem quer
que seja que o disser saberá das razões (justas ou injustas)
que lhe assistem para o fazer. O que ninguém, honestamente,
pode – porque isso é incontestável – é duvidar do muito
interesse e do enorme entusiasmo que, nas mais diversas
circunstâncias, (só lhe faltou apagar os fogos, de agulheta
na mão) sempre soube dedicar à nobre causa dos Bombeiros
Portugueses. |
Refiro-me,
em modesta homenagem, ao Eng.º Ângelo Correia, ex-Ministro
da Administração Interna, o qual, nessa qualidade, teve a
oportunidade de afirmar o seguinte no decorrer da cerimónia
dos 100 anos de vida dos Bombeiros Municipais de Faro: «Cem
anos de testemunho de louvor, cem anos de suor e sangue, cem
anos de sacrifício que não conhece momentos difíceis,
chuvas, intempéries, reivindicações ou greves. Por isso, a
única atitude lógica e coerente de qualquer cidadão do nosso
país é prestar testemunho natural e inevitável a qualquer
uma das suas Corporações. Vós, Bombeiros, dais o exemplo ao
País com a vossa solidariedade institucional que preside ao
exercício e à concepção da vossa acção.»
Se,
despartidarizadamente, trouxe, de boa fé, a este
apontamento, as palavras que acabo de reproduzir é porque
elas aplicam-se, de modo perfeito, ao caso concreto dos
"Bombeiros Novos", de Aveiro, Associação Humanitária fundada
em 30 de Novembro de 1908, reconhecida de Utilidade Pública,
detentora da Medalha de Prata da Cidade e da Medalha de
Ouro, de 2 estrelas, da Liga dos Bombeiros Portugueses.
Tem sido
ao longo de 75 anos de grande vitalidade que os prestigiosos
"Bombeiros Novos", com tanto "sangue, suor e lágrimas", têm
conseguido prestar, com êxito pleno a sua nobre missão em
situações mais ou menos graves de incêndios, socorros a
náufragos, acidentes rodoviários, etc.
Radicado
em Aveiro desde Outubro de 1958 e Comandante dos Bombeiros
privativos do Centro Cacia, da Portucel, EP, desde 1962,
estou em óptimas condições para, sem exageros, avalizar o
muito e justo apreço em que são tidos na cidade, no
concelho, no distrito e no País os "Bombeiros Novos" de
Aveiro.
Como
cidadão, como Bombeiro e como Comandante de uma Corporação
que tanto e tão bem conhece o exemplo dignificante que é
dado pelos "Bombeiros Novos" ao longo de todas as horas, de
todos os dias de todos os anos, aqui estou a prestar uma
humilde homenagem, à semelhança da que o bem determinado
Eng.º Ângelo Correia dedicou, em Faro, aos Bombeiros
Municipais locais.
Pelo seu
dignificante exemplo, os "Bombeiros Novos" são merecedores
(não é nenhum favor que se lhe faz) das homenagens das
populações de todo o País e de todo o apoio dos governantes
(centrais e locais) face à muito importante e tão necessária
valorização (quartel-sede, novas viaturas, etc.) por que
está a passar a Corporação, dotando-a de tudo quanto ela
necessita (e não é pouco) para, exemplarmente, exercer as
suas nobres missões. É justo. Impõe-se.
Quem
contesta? |