Notas
extraídas do Calendário Histórico de Aveiro
1862-06-05 —
Graças à Confederação Maçónica Portuguesa e por convocação do seu
grão-mestre de então, José Estêvão Coelho de Magalhães, realizou-se
em Lisboa uma reunião para se criar uma instituição de beneficência,
que logo se denominou «Asilo de S. João», para receber e assistir as
raparigas que antes se achavam recolhidas no Asilo dos Cardais de
Jesus, sob a orientação das Irmãs de S. Vicente de Paulo – Irmãs da
Caridade – e que, com a expulsão destas religiosas de Portugal,
tinham ficado ao abandono; a instituição, que iniciaria a sua
actividade em 2 de Julho seguinte, é hoje o «Internato de S. João»,
na Travessa do Loureiro, em Lisboa (A. H. de Oliveira Marques,
Dicionário da Maçonaria Portuguesa, I, cols. 106-107, e II, col.
937) – J.
1862-07-02 —
Assistindo logo vinte e quatro meninas, foi fundada em Lisboa a
benemérita instituição, ainda existente, então denominada Asilo de
S. João, por iniciativa do ínclito aveirense José Estêvão Coelho de
Magalhães que, em 5 de Junho, presidira a uma assembleia de amigos
por ele convocada para o efeito. Esta instituição, cuja finalidade é
prover ao amparo e formação de crianças órfãs do sexo feminino –
hoje conhecida por Internato de S. João – teve os primeiros
estatutos aprovados por carta régia de 9 de Junho de 1867 (Estatutos
do Asylo de S. João para a Infancia Desvalida, Lisboa, 1915, pg. 5)
– J.
1868-11-10 — O
Cónego Dr. José Joaquim de Carvalho e Góis, na qualidade de
vigário-geral e governador do Bispado de Aveiro, escreveu uma carta
circular a todos os párocos, pedindo-lhes que secundassem a
iniciativa da fundação do «Asilo para a Infância Desvalida» – mais
tarde com o nome de Asilo de José Estêvão – cuja empresa era
patrocinada pelo governador civil, D. José Manuel Meneses de
Alarcão. O Asilo viria a ser aberto em 6 de Agosto de 1870 (Arquivo,
XVII, pgs. 309-311) – J.
1870-08-06 — O
governador civil de Aveiro, Fernando Caldeira, inaugurou neste dia –
dizem alguns que no dia imediato – o Asilo de José Estêvão,
destinado à infância desvalida do Distrito – obra que se ficou
devendo à iniciativa do grande tribuno aveirense, já falecido há
anos (Marques Gomes, Memorias de Aveiro, pg. 169, e O Districto de
Aveiro, pg. 129) – A.
1875-09-16 —
Realizou-se na praça do Rossio a primeira das duas corridas de
touros levadas a efeito, por curiosos, em benefício do Asilo de José
Estêvão. A outra foi no dia 19 seguinte (Arquivo, XXXII, pg. 219;
Almanaque Desportivo do Distrito de Aveiro, 1950, pgs. 146-147) – A.
1883-07-28 — D.
Manuel Correia de Bastos Pina, bispo-conde de Coimbra, chegou a
Aveiro em visita pastoral, entrando na igreja paroquial de Nossa
Senhora da Glória no dia imediato; seguidamente, visitou as outras
igrejas, os conventos, o cemitério, o hospital e o asilo. «A
recepção não podia ser mais brilhante» (Marques Gomes, D. Manuel Corrêa de Bastos Pina – Esboço Biographico, pgs. 68-71; Instituições
Christãs, Coimbra, 1883, pgs. 85-87) – J.
1888-04-01
— Por proposta do Dr. José Maria Barbosa de Magalhães, a Junta Geral
do Distrito, em reunião ordinária deste dia,
votou a criação do Asilo
Escola Distrital – que seria instalado em 20 de Junho seguinte
–
para «menores expostos, desvalidos e abandonados no Distrito de
Aveiro» (Relatório da Comissão Distrital de Aveiro, etc., 1888, pgs.
14 e ss., e pgs. 27 e ss.; Marques Gomes, em Monumentos – Retratos –
Paysagens, cols. 28'/29', errou na data da reunião) – J.
1888-06-03 — Por
proposta de Fernando de Vilhena, a assembleia-geral do Asilo de José
Estêvão resolveu a fusão desta casa de caridade com o Asilo-Escola
Distrital (Marques Gomes, Monumentos – Retratos – Paysagens, col.
29) – A.
1888-06-20 —
Procedeu-se à instalação do Asilo-Escola Distrital, criado pela
Junta Geral do Distrito em 5 de Abril passado
(Marques Gomes,
Monumentos – Retratos – Paysagens, cols. 28-29) – J.
1893-10-28 —
El-Rei D. Carlos ordenou que, pelo Ministério das Obras Públicas,
Comércio e Indústria, fosse concedido à Câmara Municipal de Aveiro
um auxílio para a fundação de uma escola industrial que a mesma
Câmara pretendia criar no Asilo-Escola Distrital, onde se
ministraria o ensino de desenho geral e industrial (Diário do
Governo, n.º 273, 1-12-1893; Litoral, 10-2-1962) – J.
1893-11-15 — Em
obediência à ordem régia de 28 de Outubro passado, o Ministério das
Obras Públicas, por portaria desta data, concedeu à Câmara Municipal
de Aveiro o auxílio necessário para se estabelecer uma aula de
desenho industrial na Secção Barbosa de Magalhães do Asilo-Escola de
José Estêvão (Arquivo, III, pg. 316) – A.
1907-02-06 — Em
sessão da Câmara Municipal, presidida pelo Dr. Jaime Duarte Silva,
foram aprovadas as bases e o regulamento da «Creche Edmundo
Machado», subsidiada pelo Município e dirigida e administrada por
uma comissão de distintos aveirenses. Anexa à Secção de José Estêvão
do Asilo-Escola Distrital, destinava-se «a alimentar e agasalhar as
crianças, cujas mães, pobres e de bom comportamento, exerçam o seu
mister fora dos seus domicílios» (Câmara Municipal de Aveiro, Actas
das Sessões, livro n.º 16 – Anos de 1904 a 1910 – fl. 72) – A.
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