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         Programa da Récita e baile de 
        finalistas do Liceu de Aveiro - Março  1961  | 
       
      
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             Ao 
            nosso Reitor, aos nossos professores, às nossas famílias, a todos 
            quantos benevolamente nos vieram ver, pedimos perdão por nos 
            querermos mostrar hoje, aqui, os reis e senhores de quanta sabedoria 
            há no mundo, ensinando e brincando com os pobres ignorantes.  | 
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         I - TUDO PODE 
        ACONTECER 
        II - CORAL FALADO 
        lII - ORFEÃO MAIOR 
            VARIEDADES * DANÇA ORIENTAL * 
            JOGRAIS DE S. GONÇALINHO * CON-CURSO DE BELEZA * NOTICIÁRIO * LOS 
            SULFYDRICOS * FANTASIA * ASSIM VAI O LICEU...* LOS-GARYTMOS CAN -CAN      
            TRANSMISSÃO DO FACHO  | 
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         Para a cena, 
        leva-se um pouco de vida. Mas uma vida mais pura, mais bela quando na 
        intenção sã de dar aos homens algo da sua poesia, da sua tragédia, da 
        sua tristeza ou da sua graciosidade. 
            Como é encantador ver a frágil 
            figura humana pegar na realidade e no tempo e escondê-los atrás de 
            duas lágrimas subtis, ou por entre os sorrisos desprecavidos do 
            espectador, que se torna mais e mais pequenino perante a grandeza do 
            teatro. 
            Nós, mais pequeninos do que aqueles a quem nos mostramos, sentimos e 
            sofremos, é certo, este trabalho a que pusemos ombro, mas não 
            sabemos ainda o dom de dar essa lição de graça e humanidade como 
            merece esta arte sublime, e que merecem todos os que sentem um pouco 
            de amor por ela. 
            Mais propriamente das partes que 
            no nosso espectáculo constituem teatro, como nós o entendemos, 
            falamos nas páginas que se seguem sobre «Tudo pode acontecer» de 
            Correia Alves e sobre o «Coral Falado» de Leon Chancerell. Quanto ao 
            resto, às nossas brincadeiras e às nossas habilidades, 
            sentir-nos-emos satisfeitos se não vos maçarmos muito.  | 
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        TUDO PODE ACONTECER 
        Por CORREIA ALVES 
            «Em teatro, tudo pode acontecer», 
            acabará por vos dizer o desconhecido que veio ao palco criar uma 
            confusão ordenada, desvendar esse sentimento de angústia que as 
            personagens traziam em si sem se atreverem a mostrarem-se-vos, 
            desconhecendo-se e desconhecendo-vos. 
            A rapariga entra no palco com a 
            sua tragédia, à procura de uma solução de emergência. Perante um 
            homem desconhecido, e agreste talvez, o empregado do palco, ele 
            sente o medo da derrota e ainda mais se esconde. Afinal também ela 
            tem a sua tragédia, como a tem o homem, como todos a podemos ter e 
            em todos ser igual. 
            Essa força desconhecida que 
            quando menos se espera, invade o palco para desvendar os segredos da 
            vida «o desconhecido») é afinal a fantasia do teatro que brinca com 
            a realidade, com o tempo, por detrás das vossas lágrimas, para vos 
            ensinar a viver.  | 
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        CORAL FALADO 
        Por LEON CHANCERELL 
            «Os maridos refundidos ou as 
            esposas confundidas» é o título  que pôs a este coral o seu 
            autor, Leon Chancerell, o mesmo que escreveu a tão admirável «Gota 
            de Mel», documento humano, vivo e violento, que os nossos colegas do 
            ano passado vos mostraram. 
            Se voltamos a pegar em Leon 
            Chancerell é pela riqueza da sua \ sugestão, pela humanidade da sua 
            mensagem, pela liberdade que nos dá de, em poucos minutos, criarmos 
            um mundo à nossa maneira. São afinal textos para quem, como nós, 
            quer começar. 
            Este coral caracteriza-se pela 
            maneira deliciosa como põe uma lição simples a quem dela se sentir 
            necessitado; é a outra face do que começámos por afirmar: a frágil 
            figura humana pegando na realidade e no tempo e escondendo-os por 
            entre os sorrisos desprecavidos do espectador.  | 
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            TUDO PODE ACONTECER 
            HOMEM - Henrique Vaz Velho 
            RAPARIGA - Elsa Marinho 
            DESCONHECIDO - Sérgio Micaelo 
            RAPAZ - Fernando Mendes 
            VOZ - António Almeida 
            Ponto - José 
            Coutinho 
            Sonoplastia - António Ramires 
        Direcção e 
        encenação do Ex.mo Sr. Guerra de Abreu  | 
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            DISTRIBUIÇÃO  | 
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        CORAL FALADO
 
            N.º 1 - António Almeida 
            N.º 2 - João Lopes 
            N.º 3 - Nelson Verde 
            N.º 4 - Isabel Cerqueira 
            N.º 5 - Helena Bastos 
            Ponto - António Naia 
            Luz - Hélder Valente 
            Direcção e encenação do Ex.mo 
            Sr. Guerra de Abreu  | 
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         ORFEÃO 
        MAIOR Dirigido 
            pelo Ex.mo Sr. Prof. José Manuel Sereno 
            MARCHA DA MOCIDADE 
        CANTIGA DA ATALAIA - 4 vozes - Canção Popular (Beira-Baixa) 
            VAI-SE EMBORA 
        - 4 vozes - de TOMÁS BORBA 
            CORO DOS CAÇADORES - Ópera Freischütz de WEBER 
        HINO NACIONAL - 4 vozes 
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         DANÇAS 
          Orientação e ensaio das Exmas Sr.as 
            Professoras 
            Maria Helena Pereira e D. Zita Leal Costa 
                   
        DANÇA ORIENTAL 
                                 
            FANTASIA 
                                              
        CAN-CAN  | 
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            | Pág. 10 | 
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         ENTREGA DO FACHO 
            «- Duas palavras só, vos dirijo, ilustres cidadãos que vos preparais
        para subir a escadaria de acesso a este palácio imperial, ao sétimo dos 
            palácios desse maravilhoso mundo que há sete anos nos atura (sete, ou 
        mais!). Mundo onde a guarda imperial usa casacos cinzentos de verão, 
        azuis de inverno, estrelas de oiro na gola e tem secretárias de mogno 
        para dormir a sesta. Este é o palácio mais belo de quantos haveis 
        sonhado. Outros virão
        depois mais altos, aqueles a que aspiramos nós, mas a grandeza deste 
        sétimo
        palácio é tal que os nossos ilustres antepassados, hoje nossos deuses, 
        tudo
        fazem para que a nossa presença aqui se torne um verdadeiro poema de
        eternidade. No entanto, aconteça o que acontecer, com ou sem a nossa companhia, esta 
        será a vossa próxima pousada, o seu futuro está nas vossas mãos. 
        Deposito em vós o facho que abra caminho às vossas aspirações. 
            Sobre o que ireis passar à luz 
            deste facho, o que são as delícias de
        alguns meses de boa vida ou as situações de sã alegria e camaradagem, 
        vós as conheceis ou adivinhais, e direis qualquer coisa a outros, daqui 
        a um ano. Não adivinhareis talvez o que são as grandes emoções que 
        alguns de nós já
        experimentaram, e tanto gostaram, que cá estão de novo e ultrapassam
        «tudo o que a antiga musa canta» 
            Ai Junho... Junho!  | 
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            | Pág. 11 | 
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            |   | 
            
             A COMISSÃO DA RÉCITA 
            
              
                |   | 
                Maria 
                Dorinda Nunes 
                Maria Luísa Vilela 
                Maria Helena Catarino  | 
                António 
                Gomes de Castro 
                Rui Jorge Abrantes 
                Manuel José Craveiro  | 
                  | 
               
              
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                 COM A PRECIOSA COLABORAÇÃO DE TODOS OS FINALISTAS 
                 
                AVEIRO / MARÇO / 1961  | 
               
             
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            Última actualização 
            29-01-2019  | 
           
         
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