A manhã estava
bela
O Sol raiava
Entrámos no autocarro
E a viagem começava.
Éramos um grupo
de investigadores
O Vouga íamos pesquisar
Fomos até S. Pedro do Sul
Para aí um pouco parar.
Depois de um
café e um bolo
E a competente mijinha
Retomámos a viagem
À nascente do Vouguinha.
O nosso caro biólogo
Que era muito simpático
Foi falando dos Carvalhos
Deixando-nos estupefactos.
Há Carvalhos de
toda a espécie
De nomes diversificados.
Só não possui um Carvalho
Quem tiver muitos pecados!
Em
plena Serra da Lapa
Lá estava a nascente
Que
Era tão pequenina:
Impressionou toda a gente.
E já depois do almoço
A viagem continuámos;
Quando vimos o trajecto
Todos nós nos assustámos.
O Dr. Paulo
entre sorrisos
Ia dizendo que era fácil
Mas só não gemia
Quem era muito ágil.
Subíamos e
descíamos
Entre montes e pedregulhos
Eu fazia tanto esforço
Que o meu coração ia aos pulos.
Vimos o rio tão
belo
A natureza também
Mas apareceu uma cobra
E houve quem gritasse pela Mãe.
Até na natureza
O acto sexual é nobre
Só não sei como as Libelinhas
Conseguem fazer 69.
Ao meio do
trajecto
Todos já suspiravam
Os valentões prosseguiam
Outros ao autocarro regressavam.
Viemos até
Vouzela
Onde passava a procissão
Um lindo tapete de flores
Cobria um vasto chão.
Depois de
refrescante bebida
E umas cavaquinhas provar,
Entrámos no autocarro
Para a Aveiro regressar.
Chegada a casa
pensei
Na história das libelinhas
Apeteceu-me dar uma queca...
Mas Deus meu, como podia
Com a puta da enxaqueca?
Espero alargar
mais os horizontes
Com viagens tão belas,
Indo com este grupo de bons amigos
Que tanto se preocupam com a Manela!
Manuela, Passeio ao Vouga, 26/5/2005
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