Embora
frequentemente as filmagens sejam feitas à mão, um tripé é um acessório
indispensável para obter imagens estáveis. Nesta secção apresentam-se,
entre outros aspectos, as vantagens do tripé, os seus inconvenientes e
algumas sugestões práticas de utilização.
VANTAGENS
DA UTILIZAÇÃO DO TRIPÉ
Um tripé concebido exclusivamente para vídeo apresenta as seguintes
vantagens:
1º
- Permite obter imagens bem definidas e estáveis, evitando as ligeiras
oscilações da câmara, próprias da filmagem manual;
2º
- Garante movimentos de câmara suaves;
3º
- Permite manter a câmara nivelada durante as panorâmicas horizontais e
verticais;
4º
- Permite uma filmagem mais fácil, utilizando-se o comando à distância
(nas câmaras que o possuem), podendo o próprio operador ficar incluído
na sequência fílmica;
5º
- Permite uma mais fácil transposição do suporte de imagens, como, por
exemplo, passar diapositivos para vídeo;
6º
- Permite filmar de maneira cómoda e estável cenas complexas e
prolongadas. Por exemplo, um jogo de futebol, uma actuação em palco, uma
conferência, um debate, etc.
INCONVENIENTES
DA UTILIZAÇÃO DO TRIPÉ
A
grande desvantagem do tripé é o facto do seu transporte ser pouco prático,
tornando também as filmagens mais demoradas, uma vez que a tomada de uma
cena necessita de uma preparação prévia.
Significa
isto que a utilização do tripé implica uma atitude mais séria na
realização de vídeos, pelo que convém que haja uma planificação prévia
e um trabalho de equipa.
Outro
inconveniente, é o de restringir a liberdade de acção do operador da câmara,
só possível nas filmagens manuais.
CONSTITUINTES
DE UM TRIPÉ DE VÍDEO
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Um
tripé de vídeo é diferente e mais completo que um tripé de fotografia.
Além dos constituintes básicos de qualquer tripé, possui uma coluna
central com sistema de elevação por manivela, uma cabeça panorâmica
com cabo de panorâmicas e uma plataforma com um sistema que permite
rapidamente pôr ou tirar a câmara.
Para
ver em pormenor a plataforma superior do tripé, onde se fixa a
máquina, clique na imagem. |
SUGESTÕES
DE UTILIZAÇÃO DO TRIPÉ
1º
- Um tripé de vídeo deve incluir um sistema de nivelamento por meio de
bolha de ar, formado por dois elementos distintos. Antes da colocação da
câmara sobre a plataforma, é necessário posicionar o tripé e nivelá-lo
cuidadosamente, usando o nível de posicionamento horizontal do tripé.
2º
- Ao utilizar-se o tripé, a posição correcta do operador da câmara
consiste em colocar-se entre duas pernas, ficando a terceira na frente.
Isto permite um trabalho mais seguro. Com uma das mãos, segura-se
firmemente o punho do cabo de panorâmicas; com a outra, ajustam-se os
controlos da câmara.
3º - Nunca convém fixar rigidamente com os parafusos a cabeça do
tripé. Os mecanismos de rotação e elevação devem permitir o movimento
da câmara, não só para realização de panorâmicas como também para
pequenos ajustes necessários no decurso das filmagens.
4º - Nos intervalos das filmagens, deve-se apertar o parafuso de
movimento vertical, se a câmara permanecer no tripé, para evitar que ela
possa descair para a frente, batendo na coluna central do tripé;
5º - Como a coluna central do tripé tem um sistema de elevação,
convém variar a altura da câmara, para quebrar a monotonia de uma sequência
obtida com a câmara sempre na mesma posição;
6º - Se quisermos efectuar uma filmagem em picado («plongé»),
deveremos subir ao máximo a câmara, reduzindo a abertura das pernas do
tripé e subindo ao máximo a coluna central. Neste caso, poderemos ter de
recorrer a uma cadeira, se a câmara não possuir um ecrã LCD, que
permita dispensar o visor electrónico;
7º - Em casos especiais, o tripé poderá ser substituído com
vantagem por um monopé. Além de mais prático em questões de
transporte, permite maior mobilidade da câmara. Para obter mais
estabilidade na filmagem, o operador da câmara poderá encostar-se, por
exemplo, a uma parede, a um poste de iluminação pública, a uma árvore.
Todavia, convém não largar por descuido o monopé, para que a câmara não
vá parar ao chão;
8º - O tripé poderá permitir sequências invulgares, fazendo
aparecer ou desaparecer objectos ou pessoas. Por exemplo, coloque numa
mesa uma jarra sem flores e filme 5 segundos. Vá depois metendo um a um pés
de flores e faça filmagens sucessivas de cerca de 3 a 5 segundos. No
final, reveja toda a sequência e admire o efeito mágico de uma jarra a
encher-se com flores. Cenas destas só são possíveis com a câmara fixa
firmemente num tripé.
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RODAS
PARA TRIPÉ
As rodas
para tripé são um acessório que se fixa na base do tripé e que
permite, num local com o chão plano e liso, efectuar movimentos de câmara
(o chamado «travelling»), obtendo-se imagens com grande estabilidade.
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