José Estêvão

 
 

Biografia de José Estêvão

 

 

 

 

Baptismo e morte de José Estêvão

 

 

 

 

1º Centenário do nascimento de José Estêvão

 

 

 

 

1º Centenário da morte de José Estêvão

 

 

 

 

Iconografia de José Estêvão

 

 

 

 

Discursos de José Estêvão
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1º Centenário da morte de José Estêvão

 

1° CENTENÁRIO DO FALECIMENTO DE JOSÉ ESTÊVÃO (4 DE NOVEMBRO DE 1862 - 4 DE NOVEMBRO DE 1962)

ORGANIZAÇÃO DO PROGRAMA DAS COMEMORAÇÕES

 

Foi o Clube dos Galitos a primeira entidade que se dispôs a comemorar o 1° aniversário do falecimento de José Estêvão.

 Essa resolução foi tomada em sessão da Assembleia Geral de 18 de Dezembro de 1961, por proposta do presidente da Direcção (Dr. Mário Gaioso Henriques), datada de 14 de Outubro, a qual já merecera a aprovação unânime do Conselho Geral, em sua sessão de 30 do mesmo mês.

 Mas a Câmara Municipal de Aveiro, da presidência do Sr. Eng. Henrique de Mascarenhas, em sessão de 10 de Novembro daquele ano resolveu tomar essa iniciativa, «em âmbito municipal» e desse trabalho encarregou, em 19 de Janeiro de 1962, a Comissão Municipal de Cultura, assim constituída: Presidente - Dr. Orlando de Oliveira, reitor do Liceu; Vogais - Monsenhor Aníbal Marques Ramos; Drs. Álvaro da Silva Sampaio, Luís Regala de Figueiredo e António Manuel Gonçalves, director do Museu; e Carlos Aleluia, João Artur Trindade Salgueiro e José Pereira Tavares.

 As reuniões desta Comissão fizeram-se nos Paços do Concelho (dias 6 e 15 de Fevereiro, 26 de Março, 11 de Agosto, 3 de Outubro e 2 de Novembro) e no Liceu (dias 19 e 23 de Outubro).

 Na sessão de 15 de Fevereiro, a que, por convite, assistiu o Presidente da Direcção do Clube dos Galitos, a Comissão patrocinou os números que aquela instituição delineara, e foi, em geral, sempre à volta deles que girou a sua actuação.

 Em 13 de Outubro foi tornado público nos jornais de Aveiro o seguinte programa:

 

             «COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO

                                DE JOSÉ ESTÊVÃO

 

A Comissão Municipal de Cultura, incumbida de promover, em âmbito municipal, a comemoração do centenário da morte do insigne aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, vem desde há tempos trabalhando no sentido de realizar um programa comemorativo que não desmereça do muito apreço e da veneração que todos os Aveirenses nutrem pela memória do que se pretende homenagear.

 Com a afirmação deste desejo da Comissão, de dignificar o mais possível a lembrança do aveirense que tão alto elevou o nome da sua terra, informa-se ainda que, desde o primeiro, a mesma Comissão deliberou ter sempre presentes três pontos fundamentais na sua actuação:

 

1° - Trabalhar de modo a honrar o mais possível a figura de José Estêvão, procurando que a sua personalidade seja tratada com a maior fidelidade, em relação ao que efectivamente ele foi em vida;

 2° - Proceder em tudo com completo acordo e a mais franca colaboração da Ex.ma Família do ilustre Tribuno;

 3° - Contar, para a realização de todo o programa, com o mais franco e vivo entusiasmo da população aveirense, das suas associações e grupos representativos, para, com a sua presença e com a sua dedicação à carinhosa lembrança do egrégio José Estêvão, se associarem interessadamente às comemorações que nos propomos realizar, com o programa seguinte:

 

Dia 3 de Novembro de 1962, sábado:

 

às 16 horas, abertura de uma exposição bio-biblio-iconográfica, numa sala do Museu Regional de Aveiro;

 às 19 horas, inauguração da iluminação da estátua de José Estêvão, sita na Praça da República;

 

Dia 4 de Novembro de 1962, domingo:

 

às 11 horas, romagem ao cemitério, com visita à capela jazigo de José Estêvão e celebração de missa de sufrágio;

às 15 horas, descerramento de uma lápide  junto da estátua de José Estêvão, seguida de sessão solene no Teatro Aveirense.

 

Além dos actos referidos neste programa, realizar-se-á mais o seguinte:

 

- Publicação de um estudo sobre José Estêvão, da autoria de seu filho, Conselheiro Luís de Magalhães, com uma colectânea de trabalhos do insigne aveirense;

- Publicação de um número especial da revista «Arquivo do Distrito de Aveiro», dedicado a José Estêvão;

- Emissão de um selo comemorativo do centenário, pela Administração-Geral dos CTT.

 

NOTAS: A exposição bio-biblio-iconográfica será realizada com tudo o que possa conseguir-se e a Comissão agradece com reconhecimento a colaboração que possa ser-lhe trazida por todos os que possuem material a expor e queiram emprestá-lo para o efeito. Estão especialmente encarregados de realizar esta exposição os Srs. Álvaro da Silva Sampaio, Dr. António Manuel Gonçalves e Dr. José Pereira Tavares, a quem poderão ser confiados os objectos com que se deseja contribuir.

A iluminação da estátua, a inaugurar no dia 3 de Novembro, será instalada para funcionar com carácter permanente.

A lápide a colocar junto da estátua contém uma inscrição da autoria do Sr. Dr. Luís Regala e está a ser executada pelo Sr. Escultor Mário Truta.

Para a sessão solene prevê-se o programa que segue:

 

a) - Discurso do Sr. Presidente da Câmara Municipal;

b) - Discurso do Sr. Ministro Dr. Augusto de Castro, aveirense dos mais ilustres e prestigiosos;

c) - Agradecimentos da Exmª Sr.ª D. Joana Inês de Lemos Coelho de Magalhães, em nome da Família de José Estêvão.

 

A publicação com o estudo e colectânea está organizada e conta-se que seja posta em circulação na data das comemorações. O número especial do «Arquivo do Distrito de Aveiro» e o selo comemorativo serão distribuídos logo que possível.

Câmara Municipal de Aveiro, 11 de Outubro de 1962

 

A Comissão Municipal de Cultura»

 

Na reunião da Comissão realizada no Liceu no dia 19 do mesmo mês, os únicos vogais presentes (Carlos Aleluia e José Tavares) revelaram que a resolução, aliás não tomada em qualquer sessão, de a concentração da romagem se fazer à entrada do cemitério, tinha provocado grande descontentamento na cidade, e o segundo propôs que esta se fizesse na Largo da Estação e se convidasse o Dr. Francisco do Vale Guimarães a proferir um discurso na altura da chegada do cortejo ao cemitério.

 Tendo feito o convite, o Presidente da Comissão, na reunião realizada no Liceu no dia 23 de Outubro, informou os vogais presentes (Drs. Álvaro Sampaio, António Gonçalves e José Tavares) de que o Dr. Vale Guimarães o aceitara, mas que o mesmo entendia dever ser pronunciado o discurso junto da Estátua de José Estêvão, à passagem da romagem, antes ou depois da inauguração da lápide.

 Ficou então organizado novo programa, apenas diferente do anterior respeitante ao cortejo, que se organizaria junto do Mercado Municipal, e na distribuição dos diferentes números.

 No dia imediato, foi tornado público o programa definitivo, largamente espalhado pela cidade:

 

«CÂMARA MUNICIPAL DE AVEIRO COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA MORTE DE JOSÉ ESTÊVÃO COELHO DE MAGALHÃES»

 

A Comissão encarregada pela Câmara Municipal de Aveiro de realizar as comemorações do Centenário da Morte de José Estêvão Coelho de Magalhães anunciou, em tempo, o seu melhor propósito de o fazer condignamente, depois de assim ter deliberado, na sua primeira reunião efectuada em Fevereiro do ano corrente.

Depois de muitas diligências e preocupações, organizou um programa que foi publicado nos jornais locais do dia 13 deste mês.

Esse programa, elaborado com prudente cuidado e com os elementos de que a Comissão Municipal até então dispunha, mereceu reparos da população aveirense, nomeadamente no que se referia ao cortejo cívico, desde sempre programado. Como o desejo desta Comissão Municipal foi sempre o de trabalhar em harmonia com toda a população interessada, aceitaram-se as sugestões apresentadas e foi resolvido dar a esse cortejo uma amplitude maior, compatível com o desejo geral de nela se poderem incorporar e manifestar o seu civismo, numa grande homenagem à memória do insigne aveirense que tanto contribuiu para o prestígio e engrandecimento da sua terra.

Deste modo, aumentando-se a extensão do cortejo cívico, justificava-se que nele se incluísse um discurso de exaltação à memória de José Estêvão, para o que foi convidado o Ex.mo Senhor Dr. Francisco José Rodrigues do Vale Guimarães que, gentilissimamente, aceitou; e, ainda pelas razões expostas, tornou-se impraticável a realização do cortejo no dia e hora mencionados. De tudo o que fica exposto resultou a necessidade de remodelar o programa que, em definitivo, fica estabelecido como segue:

 

DIA 3 - 14 horas - Cortejo cívico de romagem ao Cemitério Central;

17 ½ horas - Inauguração da iluminação da estátua de José Estêvão;

 

DIA 4 - 11 ½ horas - Abertura da Exposição bio-bíblio-iconográfica, no Museu Regional;

15 horas - Sessão Solene no Teatro Aveirense.

 

Por este meio é convidada a população de Aveiro, quer por si, quer pelas suas agremiações representativas, a participar nas várias rubricas deste programa, dando às comemorações o brilho e o entusiasmo da sua muita admiração pela memória do grande aveirense que se homenageia.

A concentração do cortejo faz-se às 14 horas no Largo do Mercado, devendo as deputações das agremiações e organismos representativos fazer-se acompanhar dos seus estandartes. O desfile inicia-se às 14 ½ horas, passando pela Rua do Engenheiro Silvério Pereira da Silva, Avenida Doutor Lourenço Peixinho, Ponte Praça, Rua de Coimbra e Praça da República, onde se fará nova concentração. Uma vez concluída essa concentração, só os porta-estandartes se devem deslocar para rodear a estátua de José Estêvão.

Neste momento, será descerrada a lápide comemorativa oferecida pela Câmara Municipal de Aveiro, e proferido um discurso de homenagem a José Estêvão, pelo Ex.mo Senhor Dr. Francisco do Vale Guimarães.

Terminados estes actos, o cortejo prosseguirá com a mesma ordem, pelas ruas de Gustavo Ferreira Pinto Basto, Capitão Sousa Pizarro, Miguel Bombarda, Santa Joana e Batalhão de Caçadores 10, até ao cemitério, de modo a que todo o cortejo passe junto da porta do Jazigo-Capela onde repousam os restos mortais de José Estêvão. Terminado este desfile, será rezada Missa de Sufrágio.

Findo este acto, será inaugurada a iluminação da Estátua, na Praça da República.

A exposição bio-bíblio-iconográfica, a inaugurar no dia 4, pelas 11 ½ , estará aberta durante 15 dias, podendo continuar além desse período se a afluência de visitantes o justificar.

Pede-se aos organismos representativos o obséquio de emprestarem os respectivos estandartes, para com eles se engalanar o Teatro Aveirense, durante a Sessão Solene.

Solicita-se ainda aos ocupantes dos prédios situados nas ruas do percurso do cortejo, que coloquem colchas nas janelas, à passagem do mesmo cortejo.

 

Aveiro, 24 de Outubro de 1962.

A Comissão das Comemorações»

 

 

Biografia      Baptismo e morte      1º Centenário do nascimento

1º Centenário da morte      Iconografia      Discursos

 

HJCO

Página anterior     Índice     Página seguinte

Dez.2000