O que sinto e vejo ao dar um passeio pela cidade...




Lara Baptista - 12º H - Dezembro de 2001

Final de tarde...

 

Como é normal nesta  época  natalícia, a cidade está toda iluminada com figuras que lembram o Natal : as estrelas, os  pinheiros, o Pai Natal...

Enquanto ando pela rua vejo passar por mim imensas pessoas carregadas com presentes, ouço algumas conversas referentes ao local onde irão passar o Natal ,e, sinto que muitas pessoas ainda não sabem o verdadeiro sentido do Natal! Muitas delas julgam que  esta época só tem significado se houver a troca de presentes, é claro que esta é uma das características do Natal, mas será que é a mais importante?

Observo as crianças acompanhadas pelos seus pais. Estas ao verem as montras das lojas repletas de brinquedos, pedem com todas as suas forças aquilo que tanto anseiam. Os pais, ao verem o brilho do olhar dos seus filhos, cedem mais uma vez!
Por outro lado, podemos confirmar mais uma vez o lado consumista da sociedade. A correria de loja em loja, a indecisão sobre o que devo comprar e para quem, o tempo que é curto...Enfim, o stress que se vive nesta época, devido ao consumismo! Será que esta é a época dos comerciantes? Das crianças? Ou de todos nós?

Nesta altura em que as famílias se juntam, que muitas pessoas se reconciliam, ficamos mais sensibilizados em contribuir com algo para as campanhas de solidariedade, pensamos mais naqueles que necessitam de abrigo, de comer e de calor humano. Porque será que é preciso chegar a esta altura para pararmos para pensar no nosso próximo? Porquê?

Falando novamente no significado do Natal, na minha opinião, muitas pessoas deixam-se influenciar pela publicidade a que somos sujeitos em qualquer lugar ,quer em nossa casa através  da televisão, quer na rua. E vivem este momento natalício com a ansiedade de saberem o que vão receber no Natal, sem se preocuparem com a preparação do nosso interior. Claro que este último aspecto é muito subjectivo, porque está relacionado com as nossas crenças e religiões. Mas, para mim, é aquilo tem mais valor. Para chegar a esta opinião é óbvio que tive de passar por algumas experiências e fazer várias análises a mim mesma e aos outros. Como se costuma dizer: "Cada um é como cada qual", e cada um sabe como deve viver o seu Natal, mas fica aqui uma sugestão: olhem mais para o vosso interior e tentem mudar o que na vossa opinião está mal, e dêem menos importância aos presentes. É evidente que é bom recebê-los,mas não os supervalorizem!

Andando pela rua estou, escrevendo o que vejo, ouço e sinto!n