A Basílica de São Lourenço é uma igreja do
início do Renascimento, concebida por um dos maiores arquitectos
desta época, Filippo Brunelleschi, sobre uma pequena igreja
fundada por Santo Ambrósio no ano de 393. Através do claustro
renascentista acede-se à Biblioteca Laurenziana de Michelangelo,
mandada construir em 1419 por Cosme, o Velho, e ampliada por
Lourenço, o Magnífico, em 1460.
Está integrada no centro histórico de Florença, local
classificado Património Mundial pela UNESCO, juntamente com a
catedral e os palácios Médici-Riccardi, Pitti e Uffizi. |
A Capela dos Médici localiza-se atrás
da Basílica de São Lourenço e foi construída pela Família Médici
durante a Renascença.
O Museu da Capela dos Médici consiste na Cripta dos Médici, na
Capela dos Príncipes e na Nova Sacristia.
Juntamente com as decorações escultóricas e arquitectónicas, o
museu exibe o Tesouro da Basílica de San Lorenzo: relicários e
objectos litúrgicos, grandes exemplos da arte de ourivesaria
renascentista e barroca.
A Capela Médici, foi construída entre os séculos XVI e XVII.
A vasta Cripta, onde os membros da família
Médici estão enterrados, leva à Capela dos Príncipes, que
abriga os grandiosos monumentos funerários dos Grão-Duques
Médici da Toscana. Trata-se de um salão octogonal, totalmente
revestido de pedras semipreciosas e incrustações de mármores
raros, encimado por uma ampla cúpula com afrescos. As obras
foram iniciadas em 1604 pelo arquitecto Matteo Nigetti e
continuaram por mais de dois séculos. A rica decoração
incrustada foi feita pelas grandes oficinas ducais, que se
uniram para formar o Opificio delle Pietre Dure. Os seis
sarcófagos estão vazios; os restos mortais dos Medici continuam
na cripta localizada no subsolo do prédio. Os vãos presentes
acima dos sarcófagos foram feitos para conter as esculturas de
cada um dos Medici, porém somente duas foram feitas, ambas por
Pietro Tacca (1626-42).
Na Capela dos Príncipes encontram-se os
túmulos de Cosimo I de Médici, primeiro Senhor de Florença e
Pater Patriae, o Grão-Duque Cosimo II, Fernando I e a sua esposa
Cristina de Lorena, Giovanni delle Bande Nere, o Princípe
Lorenzo e o Cardeal Leopoldo, ou seja, as figuras mais
proeminentes da História de Florença.
A construção da Sacristia Nova começou
em 1521 para albergar os túmulos de Lorenzo e Giuliano de Médici.
Por desejo dos papas Medici, Leão X e Clemente VII, Michelangelo
trabalhou na decoração da Nova Sacristia entre 1520 e 1534, em
estágios sucessivos.
Michelangelo criou para a Capela dos Médici
algumas das suas mais belas esculturas: “Dia e Noite”, “Aurora e
Crepúsculo”, chamados de Alegorias do Tempo e a impressionante
“Madonna Medici com il Bambino”. As Alegorias do Tempo
representam as fases da vida - Dia, a nossa vida na terra;
Noite, a morte; Aurora, a juventude; Crepúsculo, a velhice.
Percebe-se que Michelangelo só usava modelos masculinos para as
suas esculturas. Na escultura “Noite” vê-se uma máscara nas suas
mãos, que aparentemente, era a forma de Michelangelo se
expressar diante dos Médici. |