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Sérgio Paulo Silva, Que Saudades do Mar,  1ª ed., Estarreja, 1998, 16 pp.

 

Mas o mal que aos outros sucede bem depressa nos esquece e as noites cheias de segredos depressa volta­ram. De novo as rãs enfeitiçaram tudo com o seu coaxar e de novo os ratinhos andaram de um lado para o outro. E uma madrugada nasceu com os verdes loureiros envoltos em silêncio.

O sol acordou a terra inteira e o caracol estava ainda longe do tijolo. Era tão bom o calor, tão bom aquele lume sobre a sua concha que se deixou ficar pelo jardim, à sombra de um pé de coroa-de-rei.

 

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