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Em tempos, um amigo e colaborador do espaço
«Aveiro e Cultura» ofereceu-me um exemplar do primeiro e único
boletim publicado em Outubro de 1999 pelos elementos de uma nova
associação aveirense, a «Associação dos Amigos do Museu de Aveiro».
Ofereceu-me o exemplar do boletim e foi-me
dizendo que poderia fazer com ele o que melhor me aprouvesse, ou
seja, para bom entendedor, que poderia ter como destino o mesmo que
dei a outras publicações aveirenses que me têm sido oferecidas: a
sua reconversão para novos formatos para divulgação através das novas
formas de comunicação a nível planetário.
Tal como nos é dito no Editorial escrito
por Claudette Albino, a AMUSA é uma «Associação de pessoas que se propõe
apoiar o Museu e desenvolver actividades culturais». Foi constituída
por escritura pública e tem como objectivos, entre outros, facilitar
à população aveirense o acesso a uma «valorização artística e
cultural, de forma a que a cultura não exista dissociada dos
parceiros sociais», independentemente das suas origens.
Alguns dos elementos que colaboraram no primeiro
e único exemplar do boletim da associação ainda se encontram entre
nós e, tal como nós, interessados na preservação e divulgação da
nossa cultura. Não sei se alguns deles ainda se lembram dos
objectivos que os levaram a produzir os artigos para o primeiro
exemplar. Cremos que sim, tanto mais que alguns se encontram ligados
às actividades actualmente desenvolvidas pelo Museu de Aveiro.
Pela nossa parte, entendemos que a publicação não
pode ficar caída no esquecimento e, por isso mesmo, resolvemos
encetar a sua reconversão para o formato «html», aproveitando as
ideias transmitidas pela primeira revista.
O logotipo, uma excelente transfiguração da sigla
AMVSA, que incluímos na primeira página e
que irá servir como cabeçalho da versão electrónica, está
reproduzido a castanho, mantendo a cor original. É um logotipo
bastante sugestivo, especialmente para mim, desde pequeno
familiarizado com as coisas aveirenses. Para os mais novos ou para
aqueles que conheçam mal a cidade ou já se tenham esquecido de como
era há alguns anos, vamos agora fornecer-lhes um breve
esclarecimento. O primeiro triângulo, uma forma geométrica
equilátera correspondente ao A, evoca-nos a paisagem aveirense de outrora, em que
montículos brancos se recortavam na paisagem, onde os nossos
antepassados trabalhavam na difícil arte do sal. Os dois seguintes,
um M transformado em dois triângulos isósceles bastante altivos, trazem-nos ao pensamento
uma questão angustiosa: onde param as duas pirâmides outrora tão
importantes para a navegação dos nossos moliceiros, que se erguiam,
uma de cada lado, à entrada do chamado «Canal das Pirâmides»? Sem
elas, como se poderá manter o nome de um dos canais principais da
nossa cidade?
Relativamente aos restantes elementos, preferimos
omitir as imagens que eles nos sugerem e deixar que cada um dê asas
à imaginação,
interpretando-os a seu belo prazer e fazendo votos para
que ventos bonançosos façam girar a hélice do progresso e da cultura
na nossa região. Poderá até acontecer que ventos fertilizantes
reactivem as vontades e aconteça à associação o mesmo que à Fénix,
ou seja, que renasça não das cinzas, mas da boa vontade das pessoas.
Quem sabe se a Fénix, existente na base do túmulo da Santa Joana
Princesa, não virá a produzir, com a ajuda da padroeira da nossa
cidade, um novo milagre e outros boletins venham dar continuidade ao
primeiro, nascido nos finais do primeiro milénio!
À semelhança do que fizemos com outras
publicações em formato A4 e a duas colunas, como é o caso do Boletim
nº 1 da AMUSA, convertemos o texto para uma simples coluna, para
maior facilidade de leitura, tendo o cuidado de indicar sempre as
mudanças de página, para que qualquer um possa utilizar as
informações fornecidas, efectuando correctas citações sem
necessidade de consulta da versão original.
Para maior facilidade de leitura, uma vez que não
existem problemas económicos com a tinta gasta, reproduzimos os
textos num corpo de letra facilmente legível em «Arial» tamanho 12.
A reconversão automática do texto utilizando o
OCR poderá eventualmente originar alguns erros. Embora tenhamos
procurado detectá-los e corrigi-los, há sempre alguns que conseguem
escapar-nos. Efectuaremos a respectiva correcção, se o amigo leitor
os descobrir e tiver a bondade de no-los indicar. E mais não nos
alongamos, desejando uma boa e proveitosa leitura.
Henrique J. C. de Oliveira
Aveiro, 18 de Julho de 2011
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