Luís Jordão, Apontamentos Datados, Lisboa, Esforço Conjunto de Audiplano e Arte e Edições, 2004, 96 pp.

XIII Congresso sobre o Alentejo

Desta vez denominado CONGRESSO ALENTEJO XXI, com o mesmo lema SEMEANDO NOVOS RUMOS, o congresso sobre o Alentejo foi defendido de várias maneiras. Enquanto uns o defendiam como um "congresso de chegada", outros chamavam-lhe um "congresso de partida", e, muito poucos, um "congresso de chegada e de partida".

Com toda a razão, os últimos, porque só é possível ser um congresso de partida porque, num caso destes, se chegou de algum lado ou situação.

Os anteriores doze congressos, a nosso ver, foram, tal como este, um espaço aberto à discussão, onde todos, sem excepção, podiam debitar o seu conhecimento, projecto ou simples opinião, independentemente da força partidária ou instituição que representassem. Se não estiveram presentes, ou não se fizeram representar, a culpa de modo algum poderá ser atribuída ao secretariado dos congressos.

A herança/legado destas doze edições é importantíssima, e importante deve ser o reconhecimento para com os homens que, em situações e tempos muito próprios, persistindo/lutando os levaram à prática, sempre visando construir.

Quem por razões de um foro qualquer, ao longo dos anos pretendeu isolar os congressos, deve penitenciar-se seriamente, pois nada mais fez que tirar força ao Alentejo.

De salientar, que numa coisa, tranquila e serenamente, toda a gente esteve de acordo ao longo deste dois dias ( 14 e 15 ): unidos teremos mais força junto de Lisboa e de Bruxelas.

Por outro lado é também de salientar, apesar de todos defenderem a marca e a identidade do Alentejo, com muita tristeza, somos obrigados a reconhecer, que não há consenso sobre um Alentejo absolutamente uno e indivisível.

Importa, no entanto, frisar bem, que desta vez todas as forças partidárias representativas no Alentejo, estiveram presentes e assumiram o congresso como coisa de todos.

Assim sendo, por favor, o diagnóstico está feito, os projectos existem (podem e devem ser aperfeiçoados), encostem os ombros, ponham de lado as divergências e querelas de "capelinha" e não dividam, nem deixem dividir, o Alentejo e os alentejanos.