De:
Énio
Semedo
Data: 15/05/2007 17:27
Assunto: Velório alentejano
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Um Portuense, de passagem pelo Alentejo,
foi surpreendido com a notícia de que um amigo seu morrera e
seria enterrado naquela tarde. Aborrecido com a situação da
perda de um amigo de peito, procurou saber onde seria o velório
e foi para lá. Ao chegar, viu que no caixão estava o morto
inteiramente nu e ao lado um grande pote cheio de creme, no qual
cada um dos presentes metia a mão e, após apanhar um pouco,
passava sobre o defunto.
Surpreendido com semelhante e inusitada cena, coisa inteiramente
nova para ele, aproximou-se da esposa e perguntou-lhe:
– Desculpe a minha ignorância, mas o que estão a fazer é
tradição por aqui?
A esposa respondeu-lhe:
– Não! É inédito! Nunca o fizemos. Mas é que ele pediu para ser
cremado...
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