O verdadeiro chefe

 

De:  Eduardo Figueiredo
Data: 15/02/2007 22:58
Assunto: O verdadeiro chefe

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Sócrates morreu. Deus e o Diabo brigam porque nenhum quer ficar com ele. Sem acordo, pedem a mediadores uma solução, que decidem por uma proposta obrigatória: que se alterne um mês no Céu e outro no Inferno.
 

No 1° mês Sócrates vai para o Céu. Deus não sabe o que fazer. Quase fica louco. O engenheiro maldiz de tudo. Atrapalha todos os elementos de oração e da liturgia. Dissolve o sistema de assessoria pessoal dos Anjos. Suborna as nuvens. Transfere um km quadrado do Céu para o Inferno. Nomeia Arcanjos provisórios aos milhares. Intervém nas comunicações dos Santos. Troca as placas das portas de São Pedro. Envia um projecto de lei aos apóstolos para reformar os Dez Mandamentos e dar amnistia a Lúcifer. O Céu vira um caos. As pessoas não o suportam mais e promovem piquetes e invasões. Magistrados, funcionários judiciais, militares, GNR.s, polícias, bombeiros, médicos, enfermeiros, professores, funcionários públicos, etc. etc. convocam greves, protestos, manifestações, marchas... O descontentamento é geral. Deus não vê a hora de chegar o fim do mês para o mandar para o Inferno.


Quando Sócrates finalmente se vai, Deus respira aliviado. Mas, lá pelo dia 20, começa a sofrer novamente, pensando que dentro de 10 dias tem que voltar a vê-lo.

 

No primeiro dia do mês seguinte nada acontece. No 5° dia, ainda sem notícias, Deus estava feliz; mas logo começou a pensar que, tendo passado mais tempo no Inferno, Sócrates poderia querer passar dois meses seguidos no Céu... Desesperado com esta mera suposição, Deus decide chamar o Inferno por "banda larga" para perguntar ao Diabo o que estava a acontecer.


Ring.. .ring... ring...!

 

Atende um empregado e Deus pergunta:
– Por favor, posso falar com o vosso chefe?
– Qual dos dois? – pergunta o empregado – O vermelho com chifres ou o castanho do simplex?

 

MORAL DA HISTÓRIA
O verdadeiro chefe tem sempre a raiz e só se revela entre O SEU POVO.
 

Data de inserção
16-Junho-2007

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Colaboração
Eduardo Figueiredo