(Continuação do número anterior)
B
PAROQUIAIS
Poucos são os jornais desta natureza
nas trinta e uma paróquias deste concelho da Feira: apenas os
encontrei nas de Argoncilhe, Milheirós de Poiares, Mosteirô e S.
João de Vêr.
São poucos, mas muito interessantes.
Com excepção do de Argoncilhe (O
Abraço), que foi número único, os demais são periódicos: só existe o
de Milheirós de Poiares, juntamente com Macinhata da Seixa e Pindelo,
do concelho de Oliveira de Azeméis – «Vida Nova.»
Aos reverendos párocos que fizeram o
favor de me ajudar com as suas informações, protesto o meu
reconhecimento.
22
MOSTEIRÔ
O primeiro número saiu em Dezembro
de 1956 e o último em igual mês de 1961.
Saía, anualmente, na freguesia de
Mosteirô no mês de Dezembro, com 4 a 6 páginas, a três colunas cada
e com a dimensão de 0,37 x 0,25.
|
Era composto e impresso na escola
tipográfica das Missões de Cucujães, como se afirma no primeiro
número: nos demais não se diz onde se fazia a composição e
impressão.
Em nenhum deles se anota quem foi o
seu fundador e director e nem mesmo quem foi o seu editor.
|
Contudo, por informação do actual
pároco da freguesia, padre Manuel Alves Resende dos Santos,
posso esclarecer que foi ele que o fundou e ocupou todos aqueles
cargos.
Nasceu na freguesia de Souto, do
concelho da Feira, em 20 de Março de 1930, sendo filho de António
Alves de Oliveira Santos e de sua mulher D. Ana Jorge de Resende.
No artigo de fundo do seu primeiro
número – Duas palavras – explica o motivo da sua publicação: – «Não
é com foros de jornalista que resolvi apresentar esta despretensiosa
folha. Uma razão me levou a proceder assim: pôr os meus amados
paroquianos ao corrente das despesas e receitas havidas nesta
paróquia e, ao mesmo tempo, apresentar algumas necessidades da nossa
Igreja e projectos para o futuro...»
Desde o seu início defendeu a
necessidade da construção da Casa Paroquial, lembrando a grandiosa
obra da construção da Cantina Escolar feita a expensas de dois
beneméritos.
Além de apresentar as contas da
Igreja e do movimento económico das associações religiosas da
freguesia, tinha diversas secções, como agenda paroquial, notas
soltas, vida espiritual, informações sobre os organismos católicos,
noticiário e movimento paroquiaI –; por não serem assinados, creio
que tudo era escrito pelo próprio pároco.
/ 50 /
23
CANDEIA ACESA
Fundou-se para ser publicado,
mensalmente, na freguesia de S. João de Ver.
Teve o seu início em 1965, tendo
atingido o número 15, publicado em Agosto de 1970; o seu formato é
de 0,45 x 0,34.
Embora no primeiro número se
anunciasse como mensal, não teve data certa de impressão, variando a
sua composição entre seis a doze páginas, com quatro colunas cada.
|
|
Sempre foi composto e impresso na já
referida escola tipográfica com a sua administração na residência
paroquial.
Foi seu fundador, director e
redactor, o pároco da freguesia de S. João de Vêr – Padre Nuno
Álvares Augusto Valente Borges de Pinho.
Nasceu na freguesia de Válega, do
concelho de Ovar, a 19 de Agosto de 1931, filho de Carlos Borges de
Pinho e de D. Maria de Jesus Valente Pereira: ordenado sacerdote em
1 de Agosto de 1950, foi coadjutor da paróquia de Paranhos, do Porto
e depois pároco de Valpedre, Penafiel, de onde transitou para S.
João de Vêr, onde esteve 7 anos.
|
O jornal representou o boletim
mensal da paróquia. No primeiro número traçou o seu programa,
desejando que – Candeia Acesa – «produzindo luz e calor, entre em
todos os lares de S. João de Vêr para alumiar as inteligências e
aquecer os corações de todos os sanjoanenses, na esperança radiosa
de possuirmos uma paróquia viva e operante, conforme Deus quer...» e
prosseguindo, diz «...Seja este jornal: um porta-voz do pároco que
chegue aos lugares mais recônditos desta paróquia geograficamente
tão dispersa e atinja todos os sanjoanenses, dando-lhes conhecimento
dos avisos ou pedidos que se formulem. – Um programa de acção – um
guia de caminhos a percorrer, traçando rumos novos e mais eficazes
para uma rápida floração de virtudes humanas e curtas. Um registo de
acontecimentos... Um relatório de contas...»
|
Padre Nuno Álvares Augusto Valente
Borges de Pinho, Director da «Candeia Acesa». |
O principal fim que o ilustre pároco
procurou atingir com a publicação do jornal foi incentivar a
/ 51 /
construção da nova Igreja paroquial, para o que, no mesmo artigo,
lançou um veemente apelo para que todos concorressem para essa
grande obra. Ouviram-no e a Igreja e as construções anexas para fins
paroquiais estão em plena construção, em ritmo muito acelerado.
No número 12 de Abril de 1969,
faz-se um relato pormenorizado do que tem sido o esforço dispendido
para aquele fim.
Este jornal é de todos os paroquiais
que se têm publicado neste concelho, o de maior continuidade.
O seu aspecto gráfico e impressão
são muito agradáveis.
Tem muitas secções, como defesa do
património religioso da paróquia e das suas confrarias, de cultura e
de recreio, vida e actividades paroquiais, de vida desportiva e
escolar e de história da freguesia, além de contas.
No número 15 de Agosto de 1970,
publica o discurso de despedida do padre Borges de Pinho – «Uma
última palavra» – datado de 12 de Julho anterior no qual
/ 52 /
anuncia – «ainda este mês sairá o último número do Jornal, onde
virão também explicadas todas as contas da paróquia».
Assim acabou este periódico que
iluminou a paróquia de S. João de Vêr com luz muito mais brilhante
do que a de uma simples «candeia» e onde se reflectiu a coragem,
decisão, tenacidade e força de ânimo de um pároco que, com muito
trabalho e sacrifício, vencendo sucessivas e vultuosas
contrariedades, conseguiu realizar uma obra notável que serve de
lição exemplar.
24
BOLETIM PAROQUIAL DE MILHEIRÓS DE POlARES
Deste jornal publicaram-se apenas
dois números: um no natal de 1966 e outro no de 1968, cada um com
seis páginas a quatro colunas, com as dimensões de 0,37 x 0,26.
Não diz onde se compunha e imprimia,
mas fui informado que foi na já referida escola tipográfica das
Missões de Cucujães: a sua redacção e administração localizavam-se
na residência paroquial.
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Era de distribuição gratuita, mas
tinha muitos anúncios, embora pelo que se dirá quando nos referirmos
à «Vida Nova», isso não lhe tenha proporcionado defesa económica,
pelo que levou Milheirós de Poiares a juntar-se a este jornal com
Macinhata da Seixa e Pindelo, do concelho de Oliveira de Azeméis.
Foi seu director, editor e
administrador – o Padre Albino de Almeida Fernandes, pároco
da freguesia: a propriedade do jornal pertencia à Igreja de
Milheirós de Poiares.
Nasceu na freguesia de Chave – do
concelho de Arouca, em 27 de Janeiro de 1934, sendo filho de Manuel
Fernandes Brandão e de D. Silvina de Almeida: paroquiou a freguesia
de Cabreiros, do referido concelho, antes de vir paroquiar a de
Milheirós de Poiares, onde ainda se mantém.
|
Padre Albino de Almeida Fernandes
Director do «Boletim Paroquial de Milheirós de Poiares» |
A finalidade do «Boletim»
esclarece-se, como da costume, no artigo de fundo do seu primeiro
número – Apresentação: «Eis o que se pretende fazer. E fá-lo-emos,
apontando os dois principais objectivos: Primeiro, quisemos que este
Boletim servisse de apoio à Campanha de Renovação da Paróquia
iniciada precisamente
/ 53 / há um ano. Trata-se de todo um
plano tendente a fazer da paróquia uma comunidade, uma família. Uma
continuidade onde a união dos esforços e a ajuda mútua levem a uma
reforma séria (ainda que lenta no plano espiritual): moral, social e
material. Em segundo lugar, para que fosse uma carta aberta aos
nossos ausentes. Carta que lhes levasse informações sobre a terra e
fizesse um apelo à sua generosidade. Uma terra que queira progredir
tem de procurar a ajuda de todos. Este apelo vai em lugar à parte e
para ele chamamos a sua atenção...»
O jornal, com muito bom aspecto e
impresso em bom papel, desdobrava-se em muitas secções, como
agrícola, assistência, história da terra, assuntos paroquiais,
teatro, movimento paroquial, etc., além de inserir muitos anúncios,
como já dissemos: preocupou-se muita com a conclusão do Salão
Paroquial, alargando a sua construção com mais salas a fim de ser
criado o Centro Paroquial.
25
VIDA NOVA
Teve a seu início em Fevereiro de
1959 e ainda se publica, tendo entrado no XI ano: inclui a freguesia
de Milheirós de Poiares, em substituição da de Palmaz, do concelho
de Oliveira de Azeméis, a partir do número 116 de 1 de Janeiro de
1969 (ano X).
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É um jornal mensal, com quatro
páginas, tendo, cada uma, quatro colunas: tem a dimensão de 0,375 x
0,25.
É composto e impresso na já aludida
escola tipográfica das Missões de Cucujães, não informando o jornal
onde está situada a redacção e administração: apurei, contudo, que
se localiza na residência do seu director.
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Foram seus fundadores os párocos de
São Roque (Vila Chã) e de Pindelo, ambos do concelho de Oliveira de
Azeméis, respectivamente – Padre Manuel Pereira da Costa, natural da
freguesia de Fornos (Vila da Feira), que foi coadjutor em Valbom,
pároco de São Roque, falecido em 1961 e Padre Celestino de Oliveira
Félix, da freguesia de Anta (Espinho) coadjutor em Matosinhos e
pároco em Pindelo, Reguengo e Rebordões (Santo Tirso).
Por falecimento do padre Costa em
1961, assumiu a direcção do jornal o padre Elias da Silva Rocha, de
S. Vicente Pereira, concelho de Avintes, sucedendo-lhe, até 1963, o
padre José Gomes da Rocha, natural
/ 54 /
de Fajões, concelho de Oliveira de Azeméis, então nomeado pároco
para S. Roque.
Presentemente e desde Janeiro de
1964, é seu director o padre Manuel Pires Bastos, pároco de
Macinhata da Seixa, sendo proprietário e redactor o padre Elias de
S. Rocha, pároco de Pindelo e editor o já falado padre Albino A.
Fernandes, pároco de Milheirós de Poiares.
O padre Pires Bastos nasceu em 1935,
na freguesia de Loureiro, do concelho de Oliveira de Azeméis: é
filho de Manuel Maria Pereira Bastos e de D. Rosa Alves Pires.
Foi assistente adjunto diocesano da
JOC, estando pároco de Macinhata da Seixa, desde 1961. Tem
colaborado na imprensa regional e no diário «Novidades», sendo
actualmente professor de religião e moral na Escola Comercial e
Industrial de Oliveira de Azeméis.
Este jornal designa-se boletim
paroquial mensal de Macinhata da Seixa, Pindelo e Milheirós de
Poiares: por este enunciado fica esclarecido o seu âmbito de acção,
bem como o seu propósito e programa.
|
|
Padre Manuel Pires Bastos
Director de «Vida Nova» |
Naquele referido número 116, diz que
com a inclusão da freguesia de Milheirós de Poiares o jornal entrava
em nova orientação. Explica a integração nos seguintes termos: «Se é
certo que o Boletim foi de distribuição gratuita até aqui, também é
certo que quem dá uma vez não pode dar sempre», para, em seguida, se
referir ao elevado custo por que ficava cada número, concluindo:
«Vamos fazer uma experiência. Juntarmo-nos assim a outras paróquias
e em conjunto distribuirmos o trabalho e a despesa. Será até uma
forma de nos valorizarmos acompanhando o trabalho e o esforço dos
outros. Resultará? – O tempo e os milheiroenses o vão dizer. Vamos
experimentar este ano».
«Vida Nova» dedica a segunda,
terceira e quarta páginas, exclusiva e respectivamente às paróquias
de Macinhata da Seixa, Pindelo e Milheirós de Poiares, com
noticiário, movimento paroquial e, ainda, quanto à de Macinhata, uma
secção referente à sua história.
/ 55 /
C
DESPORTIVO
26
BOLETIM DO CLUBE DESPORTIVO DE PAÇOS DE BRANDÃO
É o único, no género, que se
publicou neste concelho. Teve o seu início em 18 de Janeiro de 1966
e o seu termo, com o número 15, sem data: esclarecemos, porém, que o
anterior está datado de Outubro de 1967.
A sua publicação era mensal, embora
em dia incerto do mês, com oito páginas, a duas ou três colunas, com
a dimensão de 0,335 x 0,225.
|
Manteve sempre o mesmo cabeçalho,
embora com uma variante de cor no número 12 de Agosto de 1967.
Era composto e impresso na Empresa
Gráfica Feirense e tinha a sua redacção na Avenida Dr. Oliveira
Salazar, em Paços de Brandão, mas, a partir do número 8 de 17 de
Dezembro de 1966, passou a ser composto e impresso na Empresa de
Publicações do Norte, do Porto.
/ 56 /
|
Quando começou a sua publicação teve
como director e editor António Rui Monteiro do Amaral, professor
primário na mesma freguesia.
A partir do número 12 de Agosto de
1967 passou o seu director e editor José Augusto Vasconcelos Vale.
Este é filho de Adelino Armando da
Costa Vale e de D. Maria do Céu Oliveira Vasconcelos: nasceu em
Mirandela e reside na mencionada freguesia de Paços de Brandão.
Este jornal, como o seu título
indica, representava o Clube Desportivo de Paços de Brandão que um
grupo de jovens procurava defender e prestigiar. Na «Nota de
Abertura» do seu primeiro número, pede que não desamparem o jornal,
lembrando as modalidades em que o podiam fazer, pedindo que o
comprem sempre «façai colecção deste boletim mensal e tereis daqui a
alguns anos um forte motivo para recordardes a actividade cultural
em Paços de Brandão...»).
|
|
José Augusto Vasconcelos Vale -
Director do
«Clube Desportivo de Paços de Brandão |
Tinha toda a razão: se sempre assim
se fizesse, não haveria hoje tanta dificuldade em encontrar
determinados jornais.
Pena foi que a voz do «Boletim» não
fosse ouvida, pois é difícil encontrar colecções deste jornal.
Este periódico ainda no seu último
número (15) contava sobreviver indicando o plano do número seguinte,
embora já se queixasse muito dos críticos que o censuravam por não
sair com a assiduidade desejada.
Tinha secções de várias modalidades
desportivas, entre as quais se contava columbofilia, ténis de mesa e
«foot-ball», além de noticiário, humorismo e de vida feminina (o
cantinho da mulher), não descurando a parte histórica da freguesia
(terra querida), com entrevistas sobre o desporto e vida local.
II
NÚMEROS ÚNICOS
A
DA VILA
27
O CHARÉU
Publicou-se, nesta vila, no dia 31
de Janeiro de 1917: em 13 de Fevereiro seguinte, saiu um
«Suplemento».
/ 57 /
Cada um daqueles exemplares
compunha-se de duas páginas com três colunas cada, tendo o número de
31 de Janeiro a dimensão de 0,35 x 2,55 e o do «Suplemento» a de
0,51 x 0,35.
Ambos foram compostos e impressos na
tipografia do «Correio da Feira», tendo a sua redacção na rua
Direita (hoje do Dr. Roberto Alves) desta vila, o primeiro no número
117 e o segundo no 175 tendo, ambos, como director José Nunes da
Silva (Manecas), redactor principal e editor Henrique Pinto (Quim).
«O Charéu» intitulava-se literário,
crítico e humorístico. Apresentou-se dizendo: «nós não temos
política. O nosso partido é o da Risota. Crítica a tudo e a todos.
Temos pouca habilidade, mas esperamos que a benevolência do leitor
nos releve tudo. Também daremos à publicidade alguns versos e prosa
a sério, para as nossas amáveis e gentis leitoras se entreterem...»
Por sua vez, no «Suplemento» de 13
de Fevereiro, anuncia-se o propósito de o jornal continuar, o que
não sucedeu, informando que o seu director fora agredido por «pôr a
nu todos os defeitos que eles têm...»
Consequência do cumprimento do seu
programa de crítica «a tudo e a todos» mas mesmo assim, em 1918
reaparece com o título de Charéu Júnior.
Existe um exemplar de cada um, na
Biblioteca Municipal. Do «Suplemento» tenho um exemplar no meu
arquivo.
28
JÁ SABIA!...
Foi dado à publicidade em 20 de
Fevereiro de 1917. Não obstante se anunciar como ano 1 número 1, não
conheço, nem me consta que tivesse havido outros números: por isso o
incluo entre os de número único.
|
Era formado por quatro páginas – com
três colunas cada e com as dimensões de 0,35 x 0,255.
Não indica o local da sua composição
e impressão: figura como redactor, editor, director e proprietário,
Virgílio Moura, que era aspirante de Finanças nesta vila e veio a
ser primeiro-oficial da Direcção de Finanças de Évora.
/ 58 /
|
Era um jornal carnavalesco, como lhe
chama o «Democrata Feirense» no seu número 126 de 24 do mesmo ano e
mês: talvez, por isso, o numerou embora já com o propósito de o
limitar a número único.
No seu cabeçalho intitulava-se –
«jornal anti-monarchico (por se estar na república») e, ao lado,
insere os seguintes dizeres: «Em virtude da grande carestia dos
géneros não se dá este periódico, sem o se t'avias adiantado».
Existe um exemplar na Biblioteca
Municipal.
29
O CHARÉU JÚNIOR
Número único – publicado em 12 de
Fevereiro de 1918 – terça-feira.
Não indica onde se fazia a
composição e impressão. Era formado por uma só página (em virtude da
carestia do papel, segundo anuncia), com três colunas cada e a
dimensão de 0,35 x 0,26.
Foi seu director José Nunes (Maneca)
e, como editor, Henrique Pinto (Quim), exactamente aqueles que no
ano anterior fizeram circular «O Charéu» e o seu «Suplemento».
Também era humorístico, visando
sobretudo as pessoas da vila e os acontecimentos locais, como já
acontecera com o «Charéu» e o seu «Suplemento».
|
|
Finalizou o seu «discurso de
abertura» por «vivas à rapioca e ao bródio».
Existe um exemplar na Biblioteca
Municipal.
/
59 /
B
COMEMORATIVO
30
A TRADIÇÃO
Em 17 de Abril de 1914, publicou-se
em «Arrifana-Feira» um número único, intitulado «A Tradição», com 16
páginas e capa, tendo, cada página, duas colunas.
|
Tem o formato de 0,33 x 0,24.
Imprimiu-se nas oficinas da empresa
gráfica «A Universal», do Porto.
No seu cabeçalho, além do seu
referido título – e com as datas 17 de Abril, 1809 – 17 de Abril,
1914 – apresenta-se como número único, comemorativo da inauguração
do monumento da Guerra Peninsular em Arrifana, nomeando-se como
editor e administrador Adão Rodrigues.
Aquele monumento comemora a terrível
carnificina feita durante a segunda invasão francesa, pelas tropas
do marechal Soult, na população de Arrifana, naquele triste e
horrível dia 17 de Abril de 1809.
|
Depois de inúmeras violências
praticadas por aquelas tropas, pela morte, na cidade do Porto, do
Desembargador da Relação desta cidade, Dr. Manuel Marques Soares, em
29 de Março de 1809, um seu sobrinho, daquela freguesia de Arrifana,
de nome José Soares Barbosa da Cunha de Figueiroa Borges, pessoa
ilustre e considerada, representante de uma antiga família daí, de
grande linhagem, deliberou praticar um acto de desafronta, que
executou com alguns companheiros, matando, na próxima freguesia de
S. Tiago de Riba d'UI, o tenente-coronel Lameth, figura de relevo
nas hostes invasoras, até como sobrinho do referido marechal Soult.
Como represália, na manhã daquele
dia 17 de Abril, as tropas francesas – do comando do general Tomiers
– invadiram Santa Maria de Arrifana, cercaram a igreja onde o povo
se refugiara, obrigando os homens a sair.
/ 60 /
Ao passo que o faziam, foram
separados todos os que na contagem perfaziam um múltiplo de cinco,
que foram levados para o campo da Bussiqueira e aí executados.
Nesta chacina pereceram dezenas de
arrifanenses, número que está calculado, segundo os livros de
registo de óbitos da mesmo freguesia, em 62, um dos quais foi morto
no lugar de Carcavelos, da dita freguesia de Riba d'Ul.
|
|
A comemorar esta horrorosa tragédia,
foi levantado, numa praça de Arrifana, um monumento, que foi
inaugurado em 17 de Abril de 1914, lembrando a todos quanto a Pátria
deve ao povo de Arrifana em sacrifício e sofrimento.
Nas fotografias que se publicam
pode-se ler o brilhante artigo com que D. Fernando de Tavares e
Távora ilustrou «A Tradição» – «O dia mais trágico de Arrifana» –
onde descreve o que se passou, nesta freguesia, naquela tenebrosa
madrugada de Abril.
«A Tradição», impressa em bom papel,
bem documentada fotograficamente e com bom aspecto gráfico,
/ 61 /
teve colaboradores de elite que são referenciados no sumário com que
abre a sua primeira página: D. Fernando de Tavares e Távora; D.
Maria Feijó; Dr. Vaz Ferreira; Dr. Álvaro de Azeredo; Maximiano
Rica; Conde de Samodães (Francisco d'Azevedo); Júlio Vicente, que se
diz ser o pseudónimo de um dos mais ilustres generais da época); Dr.
Eduardo Pimenta, visconde de Castelões (Álvaro); D. Maria da Luz
Albuquerque; Saul Rebelo Valente; Tenente-Coronel Manuel Ramos;
Vicente Rebelo de Sousa Reis; Doutor José Beleza dos Santos e Primo
Homem.
Ainda abrange um escrito do grande
bairrista arrifanense e já referido neste trabalho – Adão Rodrigues,
a cujo esforço e dedicação se deve a publicação de «A Tradição».
Este número também publicou muitos anúncios de casas comerciais e de
estabelecimentos industriais da mesma freguesia e de outras
localidades, designadamente do Porto.
A esta publicação refere-se A.
Carneiro da Silva, no seu já citado trabalho, nada esclarecendo mais
do que já ficou dito.
/ 62 /
|
C
PAROQUIAL
31
O ABRAÇO
Este «jornal da paróquia de
Argoncilhe», como se intitula na capa do seu número único publicado
em S. Martinho de Argoncilhe, em 9 de Junho de 1966, tomou a forma
de uma revista e muito interessante, da freguesia, com sabor de
monografia.
Tem 76 páginas, na generalidade com
duas colunas cada uma e capa a branco e azul com a imagem de S.
Martinho, padroeiro da paróquia e as dimensões de 0,29 x 0,215.
|
José Adão Rodrigues Pinhal - Editor
e Administrador de «A Tradição» |
Foi composto e impresso na escola
tipográfica da Oficina de S. José do Porto e publicado sob o
patrocínio de uma comissão formada por Agostinho Pedrosa, Alberto
Almeida, Lino Guedes, Gaspar Pereira e Rogério Cabeça, sob a
orientação do pároco.
Este, de nome José de Fontes
Batista, nasceu na mesma freguesia em 7 de Abril de 1906, sendo
filho de Manuel de Fontes Pinto e de sua mulher Amélia Henriques
Baptista; foi designado para pároco de Seixezelo e Argoncilhe em
Janeiro de 1937 e para Argoncilhe em 9 de Setembro do mesmo ano.
|
|
Padre José de Fontes Batista
Autor e editor de «O Abraço» |
Definiu o seu objectivo e justificou
o fim a que se propunha nos seguintes termos: «Fala o Abraço... Se
no passar da tua existência, alguém te perguntar... Quem sou?.. Se
ao olhá-lo bem no fundo da alma pressentires uma necessidade
incontida em exteriorizar um desabafo humano, mas permanente; uma
alegria esfuziante, mas sincera; uma dor repassada de sofrimento,
mas resignada; um alarme construtivo, mas preciso; uma confissão de
vida, orgânica, mas comunitária; um passatempo menineiro, mas
instrutivo; uma recordação saudosa, mas vivida!...
|
Se, como Irmão em Paróquia, lhe
quiseres testemunhar, num Abraço bem apertado e sentindo, que são
Meus os seus problemas e lhes conseguires transmitir, pelo contacto
da tua carne, que o meu Amor Cristão vive nele, pela Graça!...
Então, sim, ter-lhes-ás dado
cabalmente, a resposta que tanto o preocupava –».
/ 63 /
«O Abraço» teve apreciável
colaboração, focando diversos aspectos da história e da vida de
Argoncilhe, com estudo do seu movimento demográfico e artigos
literários, muito ilustrado e com número avultado de anúncios
referentes a casas comerciais e estabelecimentos industriais da
freguesia e de outras localidades.
|
III
CURIOSIDADES
MANUSCRITOS
Embora os jornais manuscritos não
possam enquadrar-se no conceito de imprensa, entendi que devia
incluir, neste trabalho, a referência aos jornais manuscritos – por
revelarem uma forma de publicidade, embora pequena e rudimentar, e
haver necessidade de os fazer passar à posteridade, prevendo um
possível extravio dos poucos exemplares que ainda existem.
Foram cinco, que eu saiba – em forma
de jornal: o primeiro circulou na segunda década do século passado e
os demais datam dos meses de Setembro e Outubro de 1910.
1
GAZETA DA VILA DA FEIRA
São ainda muito insuficientes as
informações que tenho sobre este manuscrito.
/ 64 /
De certeza apenas me posso alicerçar
nas que João Corrêa de Sá nos dá no «Correio da Feira», números
3703, 3705 e 3707, respectivamente de 7, 21 de Março e 4 de Abril de
1970, que utilizamos com a devida Vénia.
Mesmo assim, cumpre-me esclarecer
que este estudo foi feito à base de cópia, que já não é directa, de
documentos que creio ainda existirem no arquivo da família de um
ilustre feirense, já falecido, que muito honrou a sua terra natal
com os seus valiosos estudos e as suas aturadas investigações sobre
história regional e designadamente da Feira.
A razão da dificuldade na divulgação
deve-se atribuir ao facto deste manuscrito se ter dedicado,
fundamentalmente e por motivos políticos, ao ataque a personalidades
de destaque nesta vila, militantes no campo oposto aos liberais, em
termos injustos, e muito grosseiros (chegando mesmo a atingir a
pornografia), nomeadamente a um ascendente de uma família nobre
ainda ligada a esta terra.
Compreendo o melindre e as
implicações sentimentais que o caso comporta, mas não posso deixar
de lembrar que há exagero nestes escrúpulos que brigam com as
exigências da história.
O tempo se encarregará de
proporcionar melhores dias: o que é essencial é que os documentos se
não percam.
Do que fica dito, se depreende que a
«Gazeta da Feira» testemunha acontecimentos da vida política, que já
então era agitada na Vila da Feira, no limiar de 1820.
Isso e ainda a referência a outros
factos que muito interessam à vida da vila e à dos seus personagens
de então, bem justificam um sacrifício, se sacrifício se pode
chamar, a favor da sua história.
Muito já se conseguiu com os artigos
de Corrêa de Sá, para os quais chamamos a atenção dos que desejarem
conhecer esta matéria mais em pormenor.
Este manuscrito circulou desde 1817
a 1819, compreendendo 22 números: o seu redactor ocultava-se sob o
pseudónimo «Lizirão d'Arouca Bestunto» e era escrito na oficina do
«Diabo Coxo».
Os apontamentos de Corrêa de Sá
abrangem «cinco números, exactamente os últimos, começando no n.º 18
(talvez de 23-9-1818 para continuar no n.º 19 de 3-11-1818), no n.º
20 (de 6-6-1819), no n.º 21 (de 30-6-1819) e a terminar no n.º 22
(de 20-7-819»).
Como diz o articulista, este foi o
último número, pois dele consta o seguinte termo de encerramento: «O
Redactor desta Gazeta faz saber que, não fazendo negócio na redacção
da mesma não está para continuar e se dá desde já por despedido
podendo o referido público procurar quem o sirva».
Como se vê, não tinha data certa na
sua distribuição: funcionava como folha volante sempre que se
entendia ser necessário e oportuno despejar a bolsa de fel.
No parecer de João Corrêa de Sá,
devia ser de uma só folha «dado o modesto tamanho do texto»: a sua
estrutura denuncia ter sido influenciado pelo jornal da época –
Gazeta de Lisboa. Segundo informações colhidas, a Gazeta tinha o
formato pouco maior que uma carta.
2
O POVO
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Teve o seu início em 27 de Agosto de
1910.
Penso que foi número único: figura
como proprietário (!) J. N. S. (José Nunes da Silva) e director A.
C. (Aníbal Correia) que ocuparam idênticas posições no «Caster»,
adiante referido: ambos estão escritos pela mesma mão.
Lembramos que este José Nunes da
Silva é o mesmo já referido como director de «O Charéu», seu
«Suplemento» e «Charéu Júnior».
Tinha 4 páginas, cada uma com duas
colunas, medindo 0,22 x 0,163.
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Intitulava-se «orgão dos empregados
do commércio» e propunha-se defender a Feira. «Eis mais um jornal;
doravante a Feira poderá contar com mais um defensor: por isso os
pobres redactores do Povo pusemos todo o nosso empenho na defeza da
nossa querida Feira...»
Existe um exemplar na Biblioteca
Municipal.
/ 65 /
3
O CASTER
O primeiro número que conheço – o 3,
de 10 de Setembro de 1910, que faz parte da minha colecção, anuncia
no fim da sua última página que é semanal, mas no número seguinte,
já saiu em 20.
Posteriormente, desde o número 4
(terça-feira) até ao oitavo, último da série, saiu regularmente,
todas as semanas: tomando isto em consideração e ainda pelo que já
foi dito, em referência ao «O Povo», presumo que o «O Caster» teve o
seu início depois de 27 de Agosto de 1910.
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Acabou no número 8 de 18 de Outubro
de 1910, no qual participa a sua suspensão, «em vista aos
acontecimentos de Lisboa e haver divergências entre o director e o
proprietário, porque as ideias são contrárias».
Estes acontecimentos, devem ser os
da proclamação da República.
No seu referido número três, figura
como director Aníbal Correia (Aníbal Alves Correia) e proprietário
José N. Silva (José Nunes da Silva), com a redacção e administração
na rua Direita, mas a partir daquele número 8 José Nunes da Silva
reuniu, em si, as duas posições de proprietário e de director.
Intitulava-se «jornal semanário
extra-partidário», mas no seu último número intitulou-se «semanário
político extraordinário, literário e noticioso».
/ 66 /
Este manuscrito dedicou a maior
parte da sua actividade a guerrear os seus congéneres «Voz» e
«Feira», parecendo que a sua principal preocupação era a
maledicência, em termos muito desagradáveis.
Dava noticiário e mantinha secções
de raspão e gazetilha, anunciando casas comerciais da vila.
Tenho os números 3, 4, 5, 6 e 8,
existindo na Biblioteca Municipal os números 4, 5, 7 e 8; não
conheço outros.
4
A VOZ
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O número três, o mais antigo que
conheço, é datado de 8 de Setembro de 1910 e o quatro de 25
seguinte: estes, que estão arquivados na Biblioteca Municipal, são
os únicos que consegui ver.
Se, porventura, saiu regular e
semanalmente, há que concluir que o primeiro número apareceu em 4
daquele mês de Setembro.
O número 4 deve ter sido o último,
porque o seu adversário «O Caster», no número 6 de 4 de Outubro de
1910, dizia «Parece que já se encontra escangalhada a sociedade de
«A Voz»; até à hora que sahio o nosso jornal não fomos entregues do
afamado jornal».
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Esclarece no final da última página
– «À Última Hora»: «O Director de «A Voz» disse que o jornal sahia
só para a Páscoa. Leva tempo. Liquidatum».
Por isso é de presumir que já não
tivesse saído o número correspondente ao dia 2 de Outubro.
/ 67 /
O mesmo «O Caster», no seu número 7
de 11 de Outubro, afirmava, com grande alegria: «terminou a Voz; o
jornal que se dizia defensor da Feira».
«A Voz» era formada por quatro
páginas, com duas colunas cada e com as dimensões de 0,223 x 0,165.
Tinha como director D. J. Correia
(Dionísio José Correia), administrador J. G. da Cruz (Joaquim Gomes
da Cruz) e redactor A. H. da C. (António Homem da Cruz).
Este manuscrito sustentou,
continuadamente, polémica com o «O Caster», mas, também em termos
reprováveis: ambos se diminuíram nos insultos com que mutuamente se
mimosearam.
5
A FElRA
Deve ter saído por meados de
Setembro de 1910, porque «A Voz», no seu número de 18 desse mês, diz
que recebeu o primeiro número «deste primoroso jornal com o qual
muito nos congratulamos porque, apesar da sua pequenez, nos revela
como seus directores são dignos de toda a estima».
Parece que era manuscrito e, por
isso, aqui o inscrevemos.
Dizemos que foi número único porque
«O Caster», no seu número 5 de 27 de Setembro, diz que «A Feira»
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durou um dia, afirmando: «finou-se na passada semana o jornal «A
Feira».
Enfileirou ao lado de «A Voz» contra
os outros dois, como se vê pelo elogio que este lhe fez,
acrescentando: «também atirou ao Caster e fez muito bem...»
Foi seu director Arménio M.
(Moreira) de Azevedo, como informa «O Caster» no número 5 de 27 de
Setembro de 1910: era filho do antigo professor primário José
Moreira de Azevedo.
ADENDA
1 – JORNAL DA FEIRA
Publicou suplementos aos números 865
e 877, respectivamente de 7 de Março e 30 de Maio de 1899, sobre a
luta entre a Feira e Espinho, aquando da criação deste concelho.
Este jornal anunciou a sua qualidade
de órgão do partido progressista no concelho da Feira no número 860
de 29 de Janeiro de 1899: suprimiu a referência a esta sua filiação
partidária a partir do número 878 de 4 de Junho de 1899, para
retomar a posição de órgão do mesmo partido e dos interesses do
concelho da Feira desde o número 1008 de 1 de Dezembro de 1901.
Juntamente com o número 1036,
publicou-se uma folha com as contas do município da Feira.
2 – O FEIRENSE
Encontrei o último número deste
jornal – 810 de 8 de Outubro de 1898 (sábado).
Nele justifica o seu termo em longo
artigo, onde conclui, depois de descrever as lutas que dividiam o
partido progressista local, o que transcrevo, em alguns trechos,
pelo interesse que reveste para o conhecimento da panorâmica
política concelhia de então: «O partido regenerador local também
teve o seu 14 d'Abril de 1896, dia egualmente fatal para elle, mas
que não surtiu tão desastrosos effeitos por que o Sr. Dr. Eduardo
Vaz, a figura mais proeminente e sympathica d'este partido, foi
generoso para com elle; retirou-se da política e não creou outras
difficuldades aos seus correligionários que deixou em paz. Com o
partido progressista o caso foi differente: os políticos ficaram,
mas com elles ficou também a desharmonia de que resultou a scisão do
partido... A bandeira progressista está rasgada de meio a meio!...
Diante d'estes desastres, cuja culpa não queremos saber a quem
pertence, quando o partido que o Feirense defendia se vê sumir e
quasi desaparecer amortalhado nos seus destinos que deve fazer o
Feirense? Desaparecer também. Viveu com o partido, é justo que morra
com ele... E pelos motivos expostos o Feirense despede-se hoje dos
seus amigos, assignantes e leitores e da política a que serviu
durante quasi 16 anos...»
3 – MISCELÂNEA MUSICAL
A colecção que foi propriedade de D.
Gilberta Xavier de Paiva e de seu marido Dr. Humberto Xavier de
Paiva pertence hoje ao Dr. Domingos Caetano de Sousa.
4 – EURICO
A esta revista também se refere
Alberto Bessa no seu trabalho «Jornais da minha terra – subsídios
para uma bibliografia do jornalismo portuense» publicado em «O
Tripeiro» – 3.ª série, 2.º ano – Março e Abril de 1927.
Existe um exemplar do número um na
mão do já mencionado Vicente de Sousa Reis, de Arrifana, encadernado
juntamente com a colecção de «O Arrifanense».
7 – A VOZ DA FEIRA
A confirmar o que disse sobre a data
do início da sua publicação transcreve-se o que informou «O Feirense»
– Ano 16, número 810 de 8 de Outubro de 1898 (sábado): «No próximo
sábado, 15 do corrente, sai n'esta villa o primeiro número do
semanário «A Voz da Feira» de que demos notícia ha dias».
8 – CORREIO DA FEIRA
Devido à carestia do papel, este
jornal, desde o número 1185 de 1 de Maio de 1920 até ao 1189 de 1 de
Julho seguinte foi quinzenal, voltando a semanal a partir do número
1190 de 10 do mesmo mês.
10 – PROGRESSO DA FEIRA
«Commercio da Feira» no seu número 6
de Fevereiro de 1902 anuncia a mudança da farmácia Souza para o
prédio onde ainda hoje está instalada: «mudou a sua pharmácia para
as casas do Snr. P.e João, sitas na Ponte, o Snr. Domingos Augusto
de Sousa, proprietário da Pharmácia Central».
Vila da Feira – Casa das Ribas
1969 – 1970 |