A saudade não pode nem deve
ser a
muda e estática contemplação da vida e obra dos que se finaram.
O passado, que gera a contemplação
e o louvor doentio às suas glórias e grandezas, é um passado morto, um passado
que perdeu o único valor que por ventura
possuía ─ o valor inerente a toda a lição em movimento.
É o passado-lição, o passado-incentivo, o passado-impulso,
que deve interessar a todos os homens que não querem
parar na rota infinita da vida em busca
do «melhor», em busca da inatingível perfeição absoluta. E se a todos os
homens só
esse passado deve interessar, por dobrada
razão é o único passado que a desportistas,
como desportistas, interessa.
Baronesa da Recosta, Carlos Júlio
Duarte, Manuel de Sousa Carneiro, Dr.
Lourenço Peixinho, João Mendonça Barreto, José Meireles, Francisco Pereira de
Melo Júnior e José Marques são passado,
mas passado vivo, passado que se projecta
no presente e se projectará no futuro como
exemplo a seguir, como lição de actividade presente e futura.
E como tal que esses nomes aqui ficam
a lembrar aos de agora que a Vida e o
seu movimento perpétuo exigem de cada
um aquela parcela de esforço, de sacrifício necessários à continuidade
da obra a que se dedicam. |