Tornou-se desde logo uma
premente necessidade para
os homens saber «caminhar» na água. Os rios e
ribeiros constituíam barreiras naturais que era
mister transpor, como medida defensiva ou ofensiva, no rude e permanente combate pela vida.
Mais tarde, entre certos povos,
todos sabiam nadar...
Embora a natação
não figure no programa" dos J. O. gregos e romanos, além de utilizarem
a
natação nas andanças guerreiras, organizaram provas com carácter
desportivo. Depois, durante séculos e séculos, a natação voltou a interessar
apenas como meio de tornar menos perigoso o exercício de certas
profissões... |
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Só no último século
o gosto pelas proezas aquáticas se reacenderia.
Atravessando, em 1810, o Helesponto, e nadando, em 1818, em Veneza, durante 4 h. 20, Byron escreve as iniciais laudas da moderna
natação desportiva. Os vários estilos fazem a pouco e
pouco a sua aparição. Entretanto,
nos primeiros Jogos Olímpicos da Idade Moderna (Atenas, 1896),
haviam figurado provas de 100, 500 e 1.000 metros.
Em Portugal, a natação como desporto
de competição surgiu por assim
dizer com o presente século. Porém, só em 1906, na baía do Alfeite, se
efectuaria
a primeira prova. A competição, num percurso de 926 metros, (meia
milha), foi ganha por A. Rumsey, do
Porto, em 19 minutos. Alinharam oito concorrentes e Mário Duarte
classificou-se em 5.º lugar.
Em 1908 disputou-se em Aveiro
o campeonato nacional de 100 m. e o primeiro campeonato do Distrito (500 m.).
Conjunto brilhante de ulteriores
triunfos
clamorosamente afirma que o distrito de Aveiro
pode oferecer ao país ases de natação de categoria
internacional, os ases que lhe faltam. Quando houver mais amor pela natação,
quando existirem mais piscinas. |