DROGAS MORTÍFERAS MAIS TERRÍVEIS
DO QUE A BOMBA ATÓMICA
No final da guerra, os alemães tinham completado as experiências
decisivas com um novo produto químico, destinado ao uso como arma de
extermínio, que os americanos descobriram, há pouco, na Baviera, e
dizem ser muito mais poderoso do que o terrível cianeto.
A droga mortífera chama-se «Tabun»; é um líquido quase inodoro e muito
volátil, com a aparência inofensiva do óleo, para lubrificação de
motores, depois de usado, mas de tal virulência «que basta deixar cair
uma gota sobre a pele, para que a pessoa atingida morra ao cabo de dois
minutos, por envenenamento do sangue e paralisia dos centros nervosos».
Agora o cientista canadiano dr. Brock Chisholm, que ocupa as altas
funções
de chefe da Organização Mundial de Saúde, acaba de denunciar, como
tenebrosa prevenção, a existência de uma substância com micróbios
mortais, que podem ser espalhados por meio de uma bomba, acrescentando
que, para aniquilar toda a humanidade, bastariam duzentos gramas dessa
substância, a qual pode ser obtida em qualquer parte.
Pois, apesar de tudo isto, da trágica lição da bomba atómica e do mais
que neste angustioso capítulo se ignora, os homens, apostados em se destruírem mutuamente, parece caminharem na cegueira das paixões
tresloucadas para o precipício que pode conduzir ao fatalismo da guerra
– a mais pavorosa, a mais cruel, a última, porque levaria a aniquilação
total da espécie.
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