Manias duma americana

Todas as noites, no Casino de Monte-Carlo, aparece uma rica jogadora americana, que se senta à mesa sem uma única jóia. Se começa a ganhar, põe um brinco numa orelha. Se a sorte continua a favorecê-la, coloca o outro brinco. Insiste e, se a sorte a não abandona, põe no dedo um anel de esmeraldas. E, para o caso da sorte extrema, exibe o seu colar de pérolas e uma pulseira. Uma destas noites, ganhou um milhão. Tirou da mala uma tiara de diamantes e colocou-a sobre os cabelos.



Levar a noiva ao colo...

Ficaria desonrado o marido americano que não entrasse a porta da casa, depois da cerimónia do casamento, sem levar a esposa ao colo.

Afim de prevenir contra as quedas por vezes desastrosas, a comissão de segurança de Nova York dá os seguintes conselhos aos maridos:

«Dobre os joelhos, conserve o corpo direito e avance agindo sobre os músculos das pernas. Não tente erguer um corpo superior às suas forças».

Estes conselhos foram copiados exactamente para serem afixados nas oficinas de tanoeiros...


Resignado


Mulher, vai teu caminho. Em vão suspira
A saudade, a lembrança deste amor;
Esvai-te, único som da minha lira,
Busca, andorinha, outra região melhor!

Julguei verdade o que era só mentira;
Nunca mais hei-de amar seja quem for.
Se o vento à flõr as pétalas lhe tira,
Não cria novas pétalas a flor.

Vai teu caminho pelo mundo agreste!
Venturas e alegrias já mas deste,
Como podem mal ver-te os olhos meus!

Segue outro rumo, em busca doutro abrigo,
Eleita da minha alma, vai com Deus,
E que a graça de Deus seja contigo!

ALBERTO MONSARAZ

 

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