Armazéns do Sal

«Palheiros» - Canal de S. Roque

 

A ternura e o Romantismo que o Canal de S. Roque tinha começou a desvanecer-se nos finais do século passado, quando os armazéns do sal, na sua maioria, deixaram de ter actividade, dando início a uma degradação que se foi acentuando, acabando a maioria por desaparecer.

A memória da actividade ligada à salicultura está sendo apagada.

Perdeu-se um grande valor histórico e cultural, um património que continua a morrer e que valia a pena manter vivo, porque faz parte integrante da história do sal.

Hoje o Canal de S. Roque está despido, não só dos armazéns do sal, mas também das diversas actividades que existiram e das quais não ficaram praticamente vestígios.

Esta exposição com pinturas a óleo, mostrando os diversos armazéns do sal, tem como objectivo dar a conhecer, às gerações mais novas, parte da história do sal que se perdeu, e, aos mais velhos, principalmente àqueles que tiveram a vivência no canal, a possibilidade de recordarem todo o movimento e azáfama que aqui existia.

Seria bom que se criasse um museu que desse importância ao sal, quer do passado, quer do presente e do futuro.

6 de Dezembros de 2019

Agostinho Ribeiro