Dia Mundial da Criança
1 de Junho
O Dia Mundial da Criança, assinalado pela
primeira vez em 1950, relembra a Declaração Universal dos
Direitos da Criança. Todas as crianças, independentemente da
raça, religião, origem social ou nacionalidade, têm direito a afeto,
amor, compreensão, alimentação adequada, cuidados médicos, educação
e proteção contra todas as formas de exploração.
Portugal tem alcançado vários ganhos em saúde,
apresentando uma das mais baixas taxas de mortalidade infantil a
nível mundial. Neste âmbito, realça-se a importância do
Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil (PNSIJ), que
orienta uma calendarização das consultas em idades-chave, bem como o
Programa Nacional de Vacinação (PNV), que decorre de forma
sincronizada com estas consultas.
Além de celebrar e proteger os direitos das
crianças, é funda-mental reforçar a importância de promover uma
infância sau-dável: estimular o desen-volvimento emocional e
afetivo; incentivar uma alimentação equilibrada; promover a
atividade física; garantir uma boa qualidade de sono; incentivar a
leitura; reduzir o tempo de ecrãs e proporcionar um ambiente seguro
para o seu desenvolvimento.

Uma infância saudável é importante, porque esta é
uma fase decisiva, onde se constroem bases que influenciam as
escolhas e a qualidade de vida na idade adulta.
Dr.ª Inês Osório
Interna de Medicina Geral e Familiar
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O que mudou no rastreio do cancro da mama?
O cancro da mama é
a segunda neoplasia com maior incidência e a quarta causa de
morte por cancro a nível mundial. Em Portugal, no ano de 2021,
registaram-se 1.798 óbitos por cancro da mama em mulheres.
Devido aos
números elevados de casos e em conformidade com a evidência
científica mais recente, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou
recentemente as suas orientações relativamente ao rastreio
organizado do cancro da mama, alargando a faixa etária abrangida.
Anteriormente, este rastreio destinava-se a mulheres entre os 50 e
os 69 anos. No entanto, desde
dezembro de 2024,
que passou a incluir as mulheres com
idades
entre os 45 e os 74 anos (inclusive).
O
diagnóstico precoce do cancro da mama, antes de surgirem
quaisquer sinais ou sintomas, é fundamental na medida em que o mesmo
aumenta a probabilidade do tratamento ser mais eficaz e, em
consequência, um melhor prognóstico da doença.
Para além
de diminuir a mortalidade, o diagnóstico precoce poderá nalguns
casos evitar cirurgias mais complexas como a mastectomia radical e o
uso de quimioterapia.

O
rastreio é gratuito e promovido pelo Serviço Nacional de
Saúde, sendo realizado
de dois em dois anos
através de uma tomossíntese mamária. Em Aveiro, este pode ser
efetuado através da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC),
que se encarrega da convocatória, da realização dos
exames e, quando necessário, do encaminhamento para consulta
especializada.
Recomenda-se, por isso, que todas as
mulheres entre os 45 e
os 74 anos estejam atentas à convocatória da LPCC
para a realização do exame e não adiem a sua participação no
rastreio.
Dr.ª Cláudia Álvares
Interna de
Medicina Geral e Familiar
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