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Jaime da Silva foi músico,
regente de orquestra e de coros, compositor e professor de música
e canto.
Nas suas muitas digressões pelo
país ia coleccionando postais dos sítios onde actuava e é essa
colecção — de 1917 a 1945 — que aqui se apresenta.
Jaime da Silva nasceu em Lisboa
em 10 de Novembro de 1898 e veio a falecer em 2 de Fevereiro de
1993, portanto com 94 anos. |
Iniciou os seus estudos no
Conservatório Nacional de Música em 1911, onde completou vários cursos
superiores, nomeadamente de Violino, Violeta, Piano, Virtuosidade,
Ciências Musicais, Composição e Regência de Orquestra.
Começou com a idade de 17 anos a
participar em grupos musicais que, na altura, actuavam em teatros e
casinos e também em cinemas, acompanhando os filmes mudos e tocando
nos intervalos.
Com apenas 20 anos de idade inicia
a sua actividade em Orquestras Sinfónicas, primeiro na de David de
Sousa e, logo no ano seguinte, na de Viana da Mota, onde se mantém
durante 2 anos. De 1921 a 1970 faz parte de diversas orquestras
sinfónicas, nomeadamente da Sinfónica de Pedro Blanc, da Orquestra de
Ópera do Coliseu dos Recreios, da Orquestra do Teatro de S. Carlos e
da Orquestra Sinfónica Nacional, nesta última de 1934 a 1970.
A partir de 1930 desenvolveu
actividades paralelas como professor de música e de coros no Liceu de
Gil Vicente, Colégio Caliponense
(1), Colégio Luso-Francês, Colégio
Militar e Fundação Musical dos Amigos das Crianças e Director de coros
e orquestras em inúmeras capelas e igrejas.
Também, durante vários anos,
desempenhou as funções de maestro substituto de Pedro de Freitas
Branco em cerimónias litúrgicas oficiais e de Maestro Assistente da
Sociedade Coral de Lisboa.
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Jaime da Silva
dirigindo o Coro dos Alunos do Colégio Militar na missa do 166º
Aniversário do Colégio, em 3 de Março de 1969. |
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Dedicou-se à música, durante toda a
sua vida, com enorme devoção e competência, tendo o mérito das suas
acções sido reconhecido em diversas ocasiões, através de vários
louvores e condecorações, destacando-se os do Ministério da Defesa
pelo seu superior desempenho no Colégio Militar, onde leccionou
durante 22 anos, a atribuição da Cruz de 1ª Classe de Mérito Militar
do Exército Espanhol, quando da actuação do Coral do Colégio em
Madrid, e do grau de Oficial de Instrução Pública das Ordens
Portuguesas. |
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(1) - Colégio
Caliponense - Norberto de Araújo refere que, no séc. XVIII, o
troço inicial deste arruamento se chamou "Rua do Cabedo": «O edifício onde assenta o Colégio Caliponense foi
o do antigo palácio dos Cabedos (Zambujais), Viscondes do título, e
deve remontar aos fins do século XVII. Em 1717 morava ali Jorge
Cabedo de Vasconcelos; hoje o prédio pertence a D. Maria Francisca
Cabedo Garcia, descendente daquele. O Colégio Caliponense foi
fundado em 1887 na Rua da Vitória por António Luiz Fernandes, e
instalou-se neste prédio em 1897; pertence a Anacleto Fernandes, seu
director." (Peregrinações em Lisboa, Vol. V, pág. 45) -
Consultar link «Palácio dos Cabedos:
Moribundo»:
http://lisboasos.blogspot.com/2009/10/moribundo.html |