Descer pelo Vale do Vouga,
Das margens do Alfusqueiro,
Com garra, viver por
causas...
Com amarras em Aveiro!
. . . . . .
Se o Vouga não trouxesse,
Da serra, um fresco cantar,
Talvez, por Aveiro, houvesse
Só a rouca voz do Mar!
. . . . . .
Corre o Vouga no Faleiro,
Corre em Cambra o
Alfusqueiro
Uma só corrente são
Chegando a terras de Aveiro!
. . . . . .
O Vale do Vouga, na insígnia,
Tem o louro dos Heróis!?
Tem seu Povo, no desígnio,
O ser "Senhor de Lafões!"
. . . . . .
Vem do Vouga, em cada dia,
Das aldeias, dos ribeiros.
Água doce, fresca e fria,
Temperar a salga de Aveiro!
. . . . . .
Desde antes do almocreve
Até ao tempo que aí vem,
Quanto Aveiro ao Vouga deve
Amor, Labor, Alma. O que
tem?
. . . . . .
Pelo Vale do Rio Vouga
Vai um Povo aventureiro...
Vem dar mais corpo e mais
alma
À vida em Terras de Aveiro!
. . . . . .
A voz do Vouga faz-se ouvida,
Desde a Serra até ao Mar.
Ninguém chora à partida.
Todos cantam ao chegar!
. . . . . .
Quanta força o Vouga tem!
Quanta riqueza quer dar!
Se um Povo se lamenta...
Nem para o Vouga sabe olhar?
. . . . . .
Pobre aveirense é só quem
Esquece que a Natureza
Dotou Aveiro de dons
E não lhe enxerga riqueza!
. . . . . .
Culto Aveirense é quem lembra,
Em culta diversidade,
A história, memória com honra...
E que Figuras da Cidade!?
(À memória de um vizinho de Aveiro)
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