de novo
noite após
noite
à hora da
deita
persistente
a angustia
vem
com ela
sem convite
e desconexos
atropelando-se
os
pensamentos
e também as
duvidas
e os
fantasmas
cada noite
um tormento à escolha
aqui moram
o sonho do
sonho e o seu prazo de validade
a alegria e
a dor
a derrota e
a vitória
as raras
certezas
e a
incredulidade de sempre
sem par
só
respeitando a vontade de um qualquer deuse do caos
que estranho
é o fio das ideias
e a
capacidade de coabitação
Luís Jordão
Lisboa,
Janeiro de 2008
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