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na rua de
fora
d’onde tudo partiu
acalmo as minhas ânsias
cansaços e desencantos
na rua de fora
d’onde tudo partiu
mais uma vez
sinto o pulsar da grande planície
o meu chão
na rua de fora
d’onde tudo partiu
não podendo deixar
de esconjurar os trânsfugas e os “chibos”
afago a memória
na rua de fora
d’onde tudo partiu
vendo no silencio
arderem na lareira os tanganhos de azinho
sinto-me protegido na solidão aparente
na rua de fora
d’onde tudo partiu
Mourão, Dez./2008
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