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Desde muito novo que
assisto a corridas de touros em Portugal e algumas em Espanha.
Portanto, cedo aprendi a
apreciar a arte de tourear e toda a beleza à sua volta: Vi pintura e
escultura, ouvi e li poesia, li romance, ouvi musica.
Há opiniões sem conta
sobre este ou aquele toureiro, sobre este ou aquele estilo, sobre este
ou aquele passe executado melhor ou pior por fulano ou beltrano. Há
ainda quem goste mais do toureio a cavalo do que do apeado e o seu
contrário. Há até quem goste só das pegas, sendo, naturalmente, a
variedade de opiniões válida em todos os casos. Há, também, quem combata
a festa brava no seu todo.
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Quadro de Gonçalo Jordão |
No meu caso concreto a
coisa é mais simples: Gosto da beleza estética e do colorido da festa
brava bem como de toda a sua envolvente cultural, detestando ferozmente
quando tudo isto é aproveitado por patéticas e aborboletadas
personagens, que dela tentam fazer uma espécie de banal feira de
vaidades. Por isso, sugiro e sugerirei que a essa gente, ostensivamente,
a ignoremos.
Por tudo isto, digo e
tenho dito das formas mais variadas, que nas praças de touros de todo o
mundo, pelo menos nas mais importantes, as empresas promotoras das
corridas associadas às autarquias locais e a outras instituições que
eventualmente se interessem, devem complementar as corridas, ou ajudarem
a criar condições para isso, mesmo que só periodicamente, com exposições
de artes plásticas com uma duração que comece uns dias antes e acabe uns
dias depois da corrida em causa, dando-lhe o espaço e a importância que
merecem, promovendo também na festa taurina anual colóquios e/ou debates
que envolvam o assunto. |
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Quadro de Tiago
Cutileiro |
Este ano só tive o prazer
de ter estado em dois sítios diferentes onde vi as corridas e artes
plásticas (mas também as ridículas feiras de vaidades): Destes dois
sítios, é de toda a justiça destacar, pelo melhor, a Azambuja, durante o
XI mês da cultura taurina. |