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ALENTEJO: OS LARGOS HORIZONTES DA POESIA

 

Luís Filipe Maçarico

 

Esta manhã mesmo com

Chuva e nevoeiro Beja

É a minha estrela d’alvorada.

Busco o seu espaço

Com fome de terra.

A alma pede-me luz

A luz do meu Alentejo

A luz dos olhos dos amigos e

Os horizontes largos da poesia.

Venho beber palavras verdes

Cristais de alegria nos prados

De Fevereiro.

Esta manhã deixo tudo

Para lamber feridas

Na minha casa que é o sul.

 

NA ESTRADA DE MOURÃO

Luís Filipe Maçarico

 

Na estrada de Mourão

Os ciganos trazem

A rosa negra

Da seda alentejana

Em cada pegada

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