Está situada a vila de
Moura a 4 Kms da confluência do rio Guadiana com a ribeira de Ardila,
sobre uma forte colina que se espraia em larga campina até à serra de
Ficalho e cai em ásperos declives para os leitos daquelas duas linhas de
água.
A sua fundação deve ser
remotíssima e a primeira fortaleza devia ter consistido num castro do
povoamento. Quando foi conquistada pelos romanos era já uma citânia.
Após a conquista, estes
teriam remodelado as fortificações segundo a sua técnica militar e dado
à povoação o nome de Aruei. A sua importância devia ser grande já no
tempo de Trajano, como o atestam as muitas lápides com inscrições
latinas e outros objectos que têm sido encontrados na região. Os mouros,
por seu turno, quando Aruei caiu em seu poder, teriam também reedificado
as fortificações, ampliando-as com grandes obras de defesa.
MOURA - Vista tirada da banda de leste.
Destruída pelos vândalos no
ano de 409, foi a fortaleza de Moura logo reconstruída pelos alanos,
apenas restauraram a antiga Lusitânia.
Foi conquistada aos árabes
por D. Sancho I, 1191, sendo importantíssimo o valor da sua posição, não
só por estar situada próximo da fronteira, barrando as comunicações
vindas de Galaraz e Aracena, mas também pelo valor militar dos acidentes
do solo em que assenta.
As contínuas guerras e o
decorrer dos séculos haviam arruinado muito as fortalezas de Moura, pelo
que D. Dinis mandou reedificar todo o antigo castelo, com a sua alta
torre de menagem, em 1298, e restaurar toda a cerca amuralhada,
reforçando-a com mais cinco torres.
D. João I teria também
mandado reparar a fortaleza de Moura, devendo ser deste tempo a
representada nos desenhos de Duarte Darmas.
MOURA - Planta da fortaleza. |