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Boletim n.º 15-16 - Ano VIII - 1990

NOTICIAS

 

I SALÃO DE ANTIGUIDADES
 

De 8 a 11 de Março, no pavilhão octogonal do Recinto Municipal de Feiras e Exposições, esteve patente ao público o I Salão de Antiguidades. A iniciativa pertenceu ao Lions Clube de Santa Joana e contou com o decidido apoio da Câmara Municipal de Aveiro, do Governo Civil, da Região de Turismo "Rota da Luz e da Associação Comercial de Aveiro.

Participaram vinte e sete antiquários que, de Setúbal a Braga, trouxeram a Aveiro as suas preciosas peças. Foi a primeira vez que se realizou entre nós uma grande exposição-feira de antiguidades que, sendo de base comercial, não deixou de ter um grande alcance cultural.

Esta realização teve uma vertente de solidariedade social, pois todo o lucro reverteu para as obras de assistência a que o Clube Promotor se dedica.

 

FEIRA DE MARÇO
 

No meio do entusiasmo popular, com o rebentar dos foguetes e com os acordes da Banda Amizade, a secular Feira de Março abriu as suas portas no dia 24 de Março de 1990, no recinto Municipal de Feiras e Exposições, onde se manteve durante um mês. Estiveram presentes ao acto inaugural, entre outras individualidades, o Governador Civil do Distrito, Dr. Sebastião Dias Marques, o Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Dr. José Girão Pereira, o Presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Francisco da Encarnação Dias, o Comandante do Batalhão de Infantaria de Aveiro, o Vigário Geral da Diocese, o Presidente da Região de Turismo da "Rota da Luz", o Vereador do Pelouro da Cultura e demais elementos da Vereação Municipal, o Presidente da Associação Industrial do Distrito de Aveiro e o Presidente da Junta Autónoma do Porto de Aveiro.

Tem-se podido facilmente verificar que, de ano para ano, a Feira de Março, que conta 556 anos de existência, vai melhorando em número de expositores e de produtos, nunca perdendo o seu carácter popular, social e comercial o que, paralelamente, cria dificuldades à Organização em corresponder a tão crescente procura.

Este ano, a Feira de Março contou com a presença de 222 expositores - número que, sem dúvida, seria maior, se não se tivesse de fazer um rateio. Pela primeira vez, esteve um expositor estrangeiro, de Ciudad Rodrigo; além disso, como nos anos anteriores, foi dedicado um dia – 22 de Abril – às cidades irmãs e amigas de Aveiro: Bourges, Arcachon, Ciudad Rodrigo e Viseu. Simultaneamente, decorreu um programa de animação cultural, bastante diversificado.

Depois de duas horas e meia de visita atenta, foi servido às entidades presentes um ligeiro beberete que serviu de ocasião a serem proferidas algumas palavras. O Dr. José Girão Pereira diria que o certame era um dos melhores de sempre, quer na qualidade quer na quantidade. Todavia, confessou que um desafio era lançado à Câmara para caminhar rapidamente na procura de uma solução em conseguir satisfazer as solicitações de dezenas ou centenas de pretendentes a expositores.

O prof. Celso dos Santos, Vereador responsável, ratificou o que afirmara o Presidente da Edilidade e aludiu às dificuldades surgidas para conseguir o maior número de lugares, sublinhando as três grandes vertentes da Feira de Março: social, comercial e industrial.

O Dr. Sebastião Dias Marques também acentuou a necessidade de se arrancar / 62 / decidida e definitivamente para outro local, pois é por demais evidente a procura e carinho dos expositores pela Feira de Março, em Aveiro.

No dia 28 de Março, o júri seleccionado para apreciar, escolheu e premiou c melhores stands, efectuou a sua votação obedecendo aos critérios definidos pelo regulamento do concurso: criatividade, qualidade estética e objectivo de mercado em função das marcas ou produtos expostos.

Assim, o primeiro prémio foi atribuído à Luzostela, "pela modernidade n definição da Empresa"; o segundo contemplou a Empresa Anselmo Santos, "pela clareza de leitura dos materiais expostos"; e o terceiro classificado foram os Móveis Brasão, devido à "coerência do conjunto". Para além dos prémios, atribuíram-se menções honrosas ao stand de Viseu, "pelo romantismo do estilo", à Empresa Cunha e Queirós, pelo "uso dos próprios materiais de venda na construção do stand", Filipex, pela "ambiência conseguida com o conjunto dos materiais" e à Empresa Induslubre "por ser dos stands pequenos o que melhor traduziu, com poucos meio a imagem de marca".

Finalizando esta notícia, transcrevemos o que o Presidente da Câmara, Dr. Girão Pereira, escreveu na pequena publicação sobre a Feira de Março, sob o título "Necessidade de Mudar":

A Feira de Março, quando abre as suas portas, aparece-nos sempre, sem sombra de dúvida, como um espelho da comunidade onde se insere – comunidade rica, multifacetada, aberta às concepções da vida moderna, que transporta para dentro do certame toda a sua pujança comercial e industrial desta laboriosa região. É dentro destes pressupostos que, de ano para ano, a procura tem aumentado, o que torna o espaço oferecido manifestamente insuficiente.

Hoje, como aconteceu há onze anos, torna-se necessário, se não mesmo premente, repensar numa nova área que ofereça condições ideais a esta e a todos os outros certames. / 63 /

Por isto, submetemos à apreciação das instâncias comunitárias um projecto para a construção de um centro de exposições que, a efectivar-se, permitirá, ainda mais e com condições adequadas, a divulgação da indústria e do comércio da nossa região, em certames específicos.

Termino reafirmando que a Feira de Março manterá sempre as suas tradições velhas de cinco séculos e meio. Procuraremos sempre aliar o lúdico à área comercial e exposicional, de forma a que este binómio se complete e, até ao encerramento, motive e mantenha um nível superior de procura viva e interessada.

E, do Vereador do Pelouro da Cultura e Presidente da Comissão Executiva da Feira de Março, são as seguintes palavras:

A Feira de Março, antiga e sempre renovada, todos os anos semelhante e em cada ano diferente, tem vindo a ganhar uma projecção e uma procura cada vez maior.

Esta edição regista um alargamento no número de participantes, facto que obrigou a Organização a ratear os espaços pelos interessados. Mais uma vez, a falta de área disponível obsta a que a Feira se estenda. Tentámos obviar a esta contrariedade construindo um novo pavilhão, que permitirá a presença de mais alguns expositores.

Quanto aos divertimentos, para além dos habituais, aparecerá este ano um comboio. O programa de animação trará algumas figuras bem conhecidas do mundo do espectáculo. No termo da Feira mantivemos o dia dedicado às cidades irmãs e amigas, sendo de realçar que, este ano, estará presente uma firma de Ciudad Rodrigo.

Esperamos, pois, ter criado as condições necessárias para que o certame atinja uma procura de público ainda superior ao ano transacto, na certeza de que encontrará uma Feira com motivos de interesse. Além disso tivemos a preocupação de salvaguardar as tradições que nos vêm de antanho, nos seus aspectos mais característicos.

 

COMISSÃO DA FEIRA DE MARÇO

PRESIDENTE: - Prof. Celso dos Santos.

SECRETARIADO: - Vasco Alves Lopes; Alexandrina Maximino; Isabel Neto.

COMISSÃO TÉCNICA: - Arq. José Quintão (Gab. de Arquitectura); António José Bartolomeu (Gab. de Topografia); Jorge Guimarães (Gab. de Design); Dr. Emanuel Cunha (Serviços de Cultura); Elmano Ramos (Armazéns Gerais); Justino Tomás Ribeiro (Armazéns Gerais); José Evaristo Rodrigues (Serv. de Fiscalização).

COLABORADORES: - Associação Comercial de Aveiro; Associação Industrial do Distrito de Aveiro; Inatel.

 

 

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