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I SALÃO DE ANTIGUIDADES
De 8 a 11 de Março, no
pavilhão octogonal do Recinto Municipal de Feiras e Exposições, esteve
patente ao público o I Salão de Antiguidades. A iniciativa pertenceu ao
Lions Clube de Santa Joana e contou com o decidido apoio da Câmara
Municipal de Aveiro, do Governo Civil, da Região de Turismo "Rota da Luz
e da Associação Comercial de Aveiro.
Participaram vinte e sete
antiquários que, de Setúbal a Braga, trouxeram a Aveiro as suas
preciosas peças. Foi a primeira vez que se realizou entre nós uma grande
exposição-feira de antiguidades que, sendo de base comercial, não deixou
de ter um grande alcance cultural.
Esta realização teve uma
vertente de solidariedade social, pois todo o lucro reverteu para as
obras de assistência a que o Clube Promotor se dedica.
FEIRA DE MARÇO
No meio do entusiasmo popular, com o rebentar dos
foguetes e com os acordes da Banda Amizade, a secular Feira de Março
abriu as suas portas no dia 24 de Março de 1990, no recinto Municipal de
Feiras e Exposições, onde se manteve durante um mês. Estiveram presentes
ao acto inaugural, entre outras individualidades, o Governador Civil do
Distrito, Dr. Sebastião Dias Marques, o Presidente da Câmara Municipal
de Aveiro, Dr. José Girão Pereira, o Presidente da Assembleia Municipal
de Aveiro, Francisco da Encarnação Dias, o Comandante do Batalhão de
Infantaria de Aveiro, o Vigário Geral da Diocese, o Presidente da Região
de Turismo da "Rota da Luz", o Vereador do Pelouro da Cultura e demais
elementos da Vereação Municipal, o Presidente da Associação Industrial
do Distrito de Aveiro e o Presidente da Junta Autónoma do Porto de
Aveiro.
Tem-se podido facilmente verificar que, de ano para ano,
a Feira de Março, que conta 556 anos de existência, vai melhorando em
número de expositores e de produtos, nunca perdendo o seu carácter
popular, social e comercial
–
o que, paralelamente, cria dificuldades à Organização em corresponder a
tão crescente procura.
Este ano, a Feira de Março contou com a presença de 222
expositores - número que, sem dúvida, seria maior, se não se tivesse de
fazer um rateio. Pela primeira vez, esteve um expositor estrangeiro, de
Ciudad Rodrigo; além disso, como nos anos anteriores, foi dedicado um
dia – 22 de Abril – às cidades irmãs e amigas de Aveiro: Bourges,
Arcachon, Ciudad Rodrigo e Viseu. Simultaneamente, decorreu um programa
de animação cultural, bastante diversificado.
Depois de duas horas e meia de visita atenta, foi servido
às entidades presentes um ligeiro beberete que serviu de ocasião a serem
proferidas algumas palavras. O Dr. José Girão Pereira diria que o
certame era um dos melhores de sempre, quer na qualidade quer na
quantidade. Todavia, confessou que um desafio era lançado à Câmara para
caminhar rapidamente na procura de uma solução em conseguir satisfazer
as solicitações de dezenas ou centenas de pretendentes a expositores.
O prof. Celso dos Santos, Vereador responsável, ratificou
o que afirmara o Presidente da Edilidade e aludiu às dificuldades
surgidas para conseguir o maior número de lugares, sublinhando as três
grandes vertentes da Feira de Março: social, comercial e industrial.
O Dr. Sebastião Dias Marques também acentuou a
necessidade de se arrancar
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decidida e definitivamente para outro local, pois é por demais evidente
a procura e carinho dos expositores pela Feira de Março, em Aveiro.
No dia 28 de Março, o júri seleccionado para apreciar,
escolheu e premiou c melhores stands, efectuou a sua votação obedecendo
aos critérios definidos pelo regulamento do concurso: criatividade,
qualidade estética e objectivo de mercado em função das marcas ou
produtos expostos.
Assim, o primeiro prémio foi atribuído à Luzostela, "pela
modernidade n definição da Empresa"; o segundo contemplou a Empresa
Anselmo Santos, "pela clareza de leitura dos materiais expostos"; e o
terceiro classificado foram os Móveis Brasão, devido à "coerência do
conjunto". Para além dos prémios, atribuíram-se menções honrosas ao
stand de Viseu, "pelo romantismo do estilo", à Empresa Cunha e Queirós,
pelo "uso dos próprios materiais de venda na construção do stand",
Filipex, pela "ambiência conseguida com o conjunto dos materiais" e à
Empresa Induslubre "por ser dos stands pequenos o que melhor traduziu,
com poucos meio a imagem de marca".
Finalizando esta notícia, transcrevemos o que o
Presidente da Câmara, Dr. Girão Pereira, escreveu na pequena publicação
sobre a Feira de Março, sob o título "Necessidade de Mudar":
A Feira de Março, quando abre as suas portas, aparece-nos
sempre, sem sombra de dúvida, como um espelho da comunidade onde se
insere – comunidade rica, multifacetada, aberta às concepções da vida
moderna, que transporta para dentro do certame toda a sua pujança
comercial e industrial desta laboriosa região. É dentro destes
pressupostos que, de ano para ano, a procura tem aumentado, o que torna
o espaço oferecido manifestamente insuficiente.
Hoje, como aconteceu há onze anos, torna-se
necessário, se não mesmo premente, repensar numa nova área que ofereça
condições ideais a esta e a todos os outros certames.
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Por isto, submetemos à apreciação das instâncias
comunitárias um projecto para a construção de um centro de exposições
que, a efectivar-se, permitirá, ainda mais e com condições adequadas, a
divulgação da indústria e do comércio da nossa região, em certames
específicos.
Termino reafirmando que a Feira de Março manterá sempre
as suas tradições velhas de cinco séculos e meio. Procuraremos sempre
aliar o lúdico à área comercial e exposicional, de forma a que este
binómio se complete e, até ao encerramento, motive e mantenha um nível
superior de procura viva e interessada.
E, do Vereador do Pelouro da Cultura e Presidente da
Comissão Executiva da Feira de Março, são as seguintes palavras:
A Feira de Março, antiga e sempre renovada, todos os anos
semelhante e em cada ano diferente, tem vindo a ganhar uma projecção e
uma procura cada vez maior.
Esta edição regista um alargamento no número de
participantes, facto que obrigou a Organização a ratear os espaços pelos
interessados. Mais uma vez, a falta de área disponível obsta a que a
Feira se estenda. Tentámos obviar a esta contrariedade construindo um
novo pavilhão, que permitirá a presença de mais alguns expositores.
Quanto aos divertimentos, para além dos habituais,
aparecerá este ano um comboio. O programa de animação trará algumas
figuras bem conhecidas do mundo do espectáculo. No termo da Feira
mantivemos o dia dedicado às cidades irmãs e amigas, sendo de realçar
que, este ano, estará presente uma firma de Ciudad Rodrigo.
Esperamos, pois, ter criado as condições necessárias para
que o certame atinja uma procura de público ainda superior ao ano
transacto, na certeza de que encontrará uma Feira com motivos de
interesse. Além disso tivemos a preocupação de salvaguardar as tradições
que nos vêm de antanho, nos seus aspectos mais característicos.
COMISSÃO DA FEIRA DE MARÇO
PRESIDENTE:
- Prof. Celso dos Santos.
SECRETARIADO:
- Vasco Alves Lopes; Alexandrina Maximino; Isabel Neto.
COMISSÃO TÉCNICA:
- Arq. José Quintão (Gab. de Arquitectura); António José Bartolomeu (Gab.
de Topografia); Jorge Guimarães (Gab. de Design); Dr. Emanuel Cunha
(Serviços de Cultura); Elmano Ramos (Armazéns Gerais); Justino Tomás
Ribeiro (Armazéns Gerais); José Evaristo Rodrigues (Serv. de
Fiscalização).
COLABORADORES:
- Associação Comercial de Aveiro; Associação Industrial do Distrito de
Aveiro; Inatel.
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