Noticiário
FEIRA DE MARÇO
A vulgarmente chamada Feira de Março representa uma
tradição que apostou em não se deixar morrer, tão arreigada está no
coração dos aveirenses. Instituída em 1334 no reinado de D. Duarte,
tem-se realizado ao longo dos séculos e, se nunca perdeu a sua faceta
popular, acabou por atrair também a atenção e o interesse de industriais
e comerciantes, que aí expõem os seus produtos e divulgam os seus
serviços.
A edição deste ano contou com a presença de cerca de
duzentos feirantes e expositores, que ocuparam não só toda a área
disponível do Recinto Municipal de Feiras e Exposições como ainda um
vasto pavilhão insuflado, montado já em terreno exterior ao recinto
propriamente dito. Além disso, a procura de espaço, por parte dos
interessados, excedeu de tal forma as expectativas que muitos deles
tiveram de ser excluídos, exactamente por não ser possível admitir à sua
presença.
Estes factos
–
disse na ocasião o Vereador do Pelouro da Cultura e Presidente da
Comissão Executiva, Prof. Celso dos Santos
–
obrigam-nos a ter de repensar as Feiras de Março do futuro, tornando-se
cada vez mais premente a necessidade de, pelo menos numa primeira fase,
alargar o seu actual espaço, enquanto não for possível e/ou oportuno
procurar outros terrenos, mais vastos, e forçosamente mais periféricos,
o que terá de ser feito o mais criteriosamente possível, de modo a que
os aveirenses e os visitantes continuem a sentir-se em casa
–
e não afastados da manifestação mais característica e tradicional, que
mergulha as suas raízes na Idade Média.
Um certo aspecto a salientar foi a presença, em stands e/ou em
representações oficiais das Cidades Irmãs e Cidades Amigas de Aveiro
–
o que também demonstrou a vitalidade do certame e a sua actualização,
pela contínua
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integração de factores novos, conquistados ao longo de muitos anos de
saudável política e amistosa aproximação com outras terras e outras
gentes
–
segundo palavras daquele Vereador.
No primeiro e no último dia da feira e nos sábados e domingos,
realizou-se um variado programa de animação, com a participação, de
grupos folclóricos e típicos, de artistas da canção etc..
Foi executado um catálogo que foi não só largamente distribuído como
também enviado a todas as bibliotecas de escolas e de associações
culturais do concelho de Aveiro.
Expositores galardoados.
O Grande Prémio da edição deste ano da Feira de Março foi atribuído à
Bicafé, tendo a Espingardaria Valente e a Sarujo ganho os prémios
Expositor Especial e Prémio de Criatividade.
Os prémios do concurso de stands galardoaram, respectivamente, a imagem
de marca conseguida, a organização de exposição de produtos e o volume
de informação agradável e eficaz.
A atribuição dos prémios destina-se a incentivar os expositores para uma
valorização e renovação da Feira, assim como para o aparecimento de
novos meios e formas de expor, dinamizando o mercado e promovendo, ao
mesmo tempo, os seus produtos.
O júri, constituído pelo Presidente da Câmara Municipal de Aveiro,
Vereador Celso dos Santos, Manuel Carvalho Bernardino, Arquitecto José
Quintão e um jornalista, atribuiu ainda três menções honrosas aos stands
Baviera e Rianau, pelo rigor de organização formal e pela oportunidade
demonstrada no aproveitamento do local que lhe foi atribuído,
considerando a própria natureza do pavimento, respectivamente.
O Stand Vicente foi igualmente agraciado com a mesma distinção,
premiando o ritmo conseguido na exposição.
Comissão Executiva
Presidente: - Vereador Professor Celso Baptista dos Santos.
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Secretariado: - Vasco Alves Lopes; Alexandrina Ramos Maximino.
Comissão Técnica: - Arq. José Quintão (Gabinete de Planeamento);
António José Pereira Bartolomeu (Gabinete de Topografia); Dr. Emanuel
Moreira da Cunha (Serviços de Cultura); Elmano Lopes Ramos (Armazéns
Gerais); José Evaristo Rodrigues de Almeida (Serviços de Fiscalização);
Júlio de Sousa Martins (Gabinete de Imprensa).
Colaboradores: - Manuel Maria Bernardes (Associação Comercial);
Joaquim dos Anjos Rodrigues (Comerciante); Maria Manuela Nunes da Maia
(INATEL).
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