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Boletim n.º 10 - Ano V - 1987

 

FARAV / 87

De 25 de Julho a 23 de Agosto decorreu, no Recinto Municipal de Feiras e Exposições, a VIII Feira de Artesanato da Região de Aveiro (FARAV/87). O certame foi organizado pelos Serviços da Câmara Municipal de Aveiro e teve o patrocínio da região de Turismo «Rota da Luz» e da Cooperativa dos Artesãos da Região de Aveiro «A Barrica».

A FARAV/87 teve a presença de 35 artesãos, divididos por 95 módulos, que apresentaram umas diversidade de trabalhos em cerâmica, couro, latoaria, madeira, ferro forjado, cestaria, bordados, bijutaria e outros. No pavilhão octogonal, 14 Câmaras Municipais – Águeda, Albergaria-a-Velha, Arouca, Aveiro, Castelo de Paiva, Estarreja, Ílhavo, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga, Vagos e Vale de Cambra montaram os seus «stands», onde se puderam ver os elementos mais representativos da actividade artesanal do respectivo concelho.

Mais uma vez, a Feira de Artesanato significou o corolário de toda uma série de actividades que importa divulgar, até para sensibilizar os visitantes na preservação das artes tradicionais; para os artesãos, a Feira deu-lhes ocasião de mostrarem e venderem os seus produtos.

Por outro lado, a FARAV/87 constituiu também um lugar de animação, em que participaram os mais diversos grupos da região, distribuídos pelos dias dedicados aos respectivos concelhos.

 

EXPOSIÇÃO DE CERÂMICA ARTÍSTICA E DECORATIVA - AVEIRO II

Em simultâneo com a FARAV/87, decorreu no pavilhão rectangular do Recinto Municipal das Feiras a Exposição de Cerâmica Artística e Decorativa – Aveiro II, composta por trabalhos de barrística, olaria, azulejaria, porcelana e cerâmica artística. Estiveram patentes 136 peças, 86 das quais participaram no concurso, em diversas modalidades.

Esta iniciativa, da responsabilidade dos Serviços Culturais da Câmara Municipal, apoiada numa das mais antigas artes da região aveirense, teve o objectivo de dar a conhecer ao público o que de mais recente está a ser feito a nível distrital no âmbito da cerâmica e de facilitar aos ceramistas, oleiros e oficinas um local apropriado para exporem os seus trabalhos.

A Câmara Municipal, além de expor cinco peças em porcelana de Manuel Cargaleiro – o «expositor de honra» – do certame – prestou ainda uma homenagem muito especial à Fábrica Aleluia. Nascida em 1905 sob a designação de «Fábrica de Louça dos Santos Mártires», desenvolveu-se substancialmente em 1922 com o nome de «Aleluia» e até há poucos anos fez parte do nosso panorama urbano; hoje encontra-se sediada fora dos limites da cidade. Pela sua antiguidade, pela sua expressão artística e pela sua larga reputação, a Fábrica Aleluia continua sendo um símbolo expressivo da cerâmica da região de Aveiro, cujo nome tem levado bem longe, tanto no País como no estrangeiro.

Os prémios foram os seguintes:

Barrística: peça n.º 96 (Homem do Gabão), de Zé Augusto;

Olaria: ex-aequo, peças n.º 33 e 63, de Fernando José e de Manuel Longo, respectivamente;

Porcelana: peça n.º 8 (menção honrosa), de António Neves;

Cerâmica artística: peça n.º 12, de António Pascoal; menções honrosas às peças n.º 15 (de Bernardete Silva), n.º 31 (de Fernando Gaspar), n.º 44 (de Jeremias Bandarra) e n.º 74 (de Milú Sardinha);

Azulejaria: o Júri não atribuiu qualquer prémio ou menção honrosa.

 

 

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